Alunos de escola pública do interior de Minas conquistam medalha de cristal na Olimpíada Nacional de História do Brasil
Estudantes receberam honraria concedida pela Unicamp às equipes com desempenho de destaque na competição
Alunos do 9º ano da Escola Municipal Sérgio Lúcio Fernandes Amaral, localizada no distrito de Pirapanema, Zona Rural de Muriaé, receberam a medalha de cristal na Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), principal competição de Ciências Humanas do país, no último fim de semana. Os estudantes Ana Vitória Castro Silva de Almeida, Eduardo Magno da Silva e Raissa Vitória da Fonseca, todos de 14 anos, sob orientação da professora Bárbara Silva Borges, conquistaram a honraria concedida pela Unicamp às equipes finalistas com desempenho de destaque.

A instituição de ensino de Muriaé conquistou a primeira colocação da região Sudeste entre as escolas públicas de ensino fundamental e foi a única equipe de escola municipal de Minas Gerais a chegar à etapa final da competição. Os alunos enfrentaram dificuldades, como acesso a internet, mas venceram e representaram o estado na etapa derradeira. Para a professora responsável pela equipe, a medalha é muito mais do que uma conquista escolar, simbolizando o alcance da educação pública municipal em espaços “que historicamente pareciam inalcançáveis”.

“Chegar à final da maior olimpíada de ciências humanas do Brasil já foi algo grandioso e voltar com a medalha de cristal tornou tudo ainda mais especial. É raro ver uma escola pública municipal competir de igual para igual com instituições de peso, como colégios federais, particulares e técnicos. Por isso, essa vitória tem um valor imenso: mostra que nossos alunos são capazes, que o trabalho que realizamos tem impacto e que a rede municipal pode sim ocupar espaços de destaque em nível nacional”, diz Bárbara.
Além da medalha de cristal recebida pelos alunos, a professora Bárbara também foi contemplada com um curso de formação continuada, oferecido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “O sentimento que fica é de orgulho, mas também de missão cumprida, porque sabemos que nossa experiência abre um caminho para dizer que é possível a educação pública alcançar altos patamares nas ciências.”
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