Eles são os donos do poder
Segundo o dicionário Aurélio (https://dicionariodoaurelio.com), o vocábulo “Elite” tem dois significados: o primeiro é o que há de melhor e se valoriza mais (numa sociedade), e o segundo é minoria social que se considera prestigiosa e que por isso detém algum poder e influência. Conforme o portal www.pragmatismopolitico.com.br, a Oxfam Brasil, que é uma organização sem fins lucrativos e independente, divulgou, no final do ano passado, o relatório denominado “A distância que nos une: um retrato das desigualdades brasileiras”. A organização revelou que, no Brasil, os seis maiores bilionários possuem a mesma riqueza e o patrimônio do conjunto dos cem milhões mais pobres. E os 5% mais ricos detêm a mesma renda que os demais 95%. E quem recebe um salário mínimo por mês levaria 19 anos para receber a média mensal de ganho do 0,1% mais rico.
A elite atual do país (branca, rica e intocável) é descendente dos portugueses. Os colonizadores introduziram maneira de refletir e agir politicamente inspirados na cultura latina, na qual os vínculos de afinidades pessoais serviram de sustentação para a formação do Estado patrimonialista brasileiro… Que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado.
Apresenta como atributos: a gestão do Brasil por uma elite indiferente com o progresso da nação e sem nenhuma responsabilidade com o rumo da maior parte do povo. “Para os amigos, tudo; aos inimigos, o rigor duro e cruel da lei.” Milhões de brasileiros vivem os dramas sociais marcados pelos infortúnios. De acordo com o www.pragmatismopolitico.com.br, há o dobro de homens que recebem mais de dez salários mínimos em comparação a mulheres. E há quatro vezes mais brancos que negros ganhando mais de dez salários mínimos.
Seguindo o ritmo de inclusão atual, as mulheres equipararão seus rendimentos aos homens em 2047. E os negros aos brancos em 2089. A manipulação da luta de classes é tomada por sentimento de ódio, joga trabalhadores brasileiros explorados e de condições econômicas menos favoráveis uns contra os outros. Diante dessa afirmação, não temos a intenção de contestar a existência da luta de classes no Brasil, uma vez que a exploração do capital pelo trabalho ocorre no mundo e aumenta assustadoramente. Tendo em vista a concentração exponencial da renda nas mãos de poucos, tornando mais ricos os donos do poder.
Já os trabalhadores (dos mais miseráveis aos da classe média) e os empresários (prestadores de serviços, comerciantes, industriais) padecem um incessante processo de arbitrariedade de seu capital e de sua força de trabalho, que afasta a possibilidade de decisão econômica, social e política.