Professores mineiros entram em greve sanitária a partir de segunda
Decisão afeta cidades em que as aulas presenciais tinham sido retomadas; nos municípios onde as atividades continuariam de forma remota, modelo permanece o mesmo
Professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve sanitária a partir da próxima segunda-feira (12). Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), as aulas ocorrerão de forma remota, mas não haverá atividades presenciais. A decisão afeta as aulas nas cidades em que já foram retomadas as aulas presenciais. Naquelas em que as aulas seguem de forma remota, como é o caso de Juiz de Fora, o modelo continua o mesmo. Na última segunda (5), as atividades presenciais tinham sido retomadas em cidades que integram o programa Minas Consciente.
A decisão pela greve sanitária foi tomada nesta quarta-feira (7), em reunião virtual do conselho geral do sindicato, e é válida para todo o estado de Minas Gerais. A medida se dá em resposta à autorização da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) para que as aulas retornassem de forma presencial nos municípios que estão na onda vermelha do programa Minas Consciente. Anteriormente, o Estado já tinha definido o retorno nas cidades que estão nas ondas amarela e verde.
“A greve sanitária é uma greve na qual nós trabalhadores da educação continuaremos trabalhando remotamente, como estamos fazendo há mais de um ano, mas não iremos trabalhar presencialmente nas escolas”, explica a coordenadora da subsede do Sind-UTE, Victoria Mello, em vídeo encaminhado à Tribuna. Conforme a sindicalista, a previsão é de que a greve se mantenha até o próximo dia 17. Após essa data, a categoria entrará em recesso e deverá se reunir novamente em 28 de julho para definir a continuidade ou não do movimento paredista.
“É uma greve em defesa da vida, não só da vida dos trabalhadores da educação, mas de toda a comunidade escolar. A pandemia ainda não está controlada, morrem quase duas mil pessoas por dia no nosso país. Ainda é muito perigoso o retorno às aulas presenciais e ter as escolas abertas com milhares de pessoas circulando. Por isso que decidimos pela greve sanitária, para defender e salvar vidas”, afirmou Victoria Mello.
A Tribuna entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) na noite de quarta-feira e aguarda retorno.