Juiz-foranos disputam nacional e internacional de xadrez

Pedro Lage participa da semifinal do Absoluto, e Matheus Mendes de campeonato escolar


Por Fabiane Almeida, estagiária sob a supervisão da editora Carla da Hora

13/12/2018 às 07h40- Atualizada 13/12/2018 às 08h04

Neste fim de semana, os juiz-foranos Pedro Lage e Matheus Mendes disputam grandes campeonatos no esporte da mente. Enquanto o primeiro disputa vaga na final do Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez, entre os dias 13 e 16 de dezembro em Florianópolis (SC), o segundo irá representar o Brasil no 1º Campeonato Sul-Americano Escolar, em Foz do Iguaçu (PR) de sexta-feira (14) a domingo (16).

A semifinal 1 do Campeonato Brasileiro irá reunir enxadristas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste no Clube de Xadrez de Florianópolis, considerado o berço do enxadrismo local. A fase irá classificar quatro jogadores para a final, quando um total de 16 jogadores se enfrentam em sistema de mata-mata. Segundo Pedro Lage, o torneio será em sistema suíço com sete rodadas. “O sistema de computador ‘emparcera’ quem ganha com quem ganha e quem perde com quem perde, e quem fizer mais pontos ao final das rodadas é o campeão. É comum em torneios muito grandes, porque é inviável jogar todos contra todos”, explica.

LEIA MAIS

xadrez by felipe couri 2
Pedro Lage participa pela primeira vez de uma semifinal do Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez, que começa nesta quinta em Florianópolis (Foto: Felipe Couri/arquivo Tribuna)

Esta é a primeira vez que Lage disputa a semifinal, tendo sido classificado em 2014 para a semifinal em Manaus (AM), quando não pôde comparecer pela distância da prova. Para ele, o torneio mais importante da modalidade no Brasil é uma oportunidade de aprendizado com grandes mestres. “Estou indo para aprender e tentar fazer boas partidas. Tem grandes mestres inscritos e vários jogadores profissionais de xadrez. Por mais que a gente se dedique, eu sou amador, esse pessoal vive de xadrez e trabalha com isso, tem um nível de excelência maior. Um deles é o mestre Evandro Amorim (treinador do Matheus Mendes) que joga pelo Estado de São Paulo e é um dos maiores jogadores do país hoje. Vou tentar fazer bons jogos, mas é mais um teste para mim do que uma briga pela vaga.” A fase decisiva deve acontecer no Rio de Janeiro, ainda sem data definida.

Jovens talentos

Apesar de também ter sido classificado para a semifinal do Brasileiro, Matheus Mendes, 13 anos, não irá comparecer à prova, já que coincide com o Sul-Americano Escolar. “Quando saiu a data para a semifinal do Brasileiro já estava tudo comprado para o Sul-Americano. Mas mesmo se tivesse sido antes, a semifinal do Brasileiro posso jogar qualquer ano se estudar bastante, mas o internacional é só até 18 anos. O campeonato nacional seria muito forte em questão de nível, mas ano que vem vou tentar classificar novamente para disputar”, conta.

O Sul-Americano Escolar é promovido pela Confederação de Xadrez das Américas, com apoio da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) e organizado pelo Clube de Xadrez de Foz do Iguaçu-PR. O evento recebe alunos de instituições de ensino dos países da América do Sul em seis categorias: sub-7, sub-9, sub-11, sub-13, sub-15, sub-17. As partidas acontecem também em sistema suíço. “São seis partidas no torneio: 30 minutos para cada jogador e mais 30 segundo em cada lance para cada jogador”, explica Matheus e comenta o que espera das partidas. “Minha expectativa está muito boa, jogo xadrez e treino todos os dias. Vou para tentar evoluir cada vez mais no xadrez e porque gosto muito de jogar também.”

Tópicos: xadrez

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.