‘Que horas ela volta’ disputa indicação ao Oscar
Rio – “Que horas ela volta”, da cineasta Anna Muylaert, é o filme que representará o Brasil na competição por uma vaga na categoria de melhor filme em língua estrangeira no Oscar 2016, anunciou o Ministério da Cultura nesta quinta (10). Uma comissão especial reuniu-se no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, para escolher o concorrente.
O longa-metragem competiu com sete filmes: “A historia da eternidade”, de Camilo Cavalcante, “Alguém qualquer”, de Tristan Aronovich, “Campo de jogo”, de Eryc Rocha, “Casa grande”, de Felipe Barbosa, “Entrando numa roubada”, de André Miraes, “Estrada 47”, de Vicente Ferraz, além de “Estranhos”, de Paulo Alcântara. O “Que horas ela volta” passará agora pela avaliação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que selecionará nove produções estrangeiras. Desse grupo, saem os cinco finalistas. O vencedor é anunciado no dia da festa do Oscar em Hollywood, Estados Unidos.
O filme “Que horas ela volta” trata da desconcertante relação em uma casa de classe media alta, na cidade de São Paulo, depois que a filha da empregada chega para prestar vestibular. A doméstica, interpretada por Regina Casé, é uma migrante nordestina que há anos não via a filha.
Aclamado pelo público, a película de Anna Muylaert, que foi feita com recursos da Agencia Nacional de Cinema (Ancine), ganhou o principal prêmio na mostra Panorama, do 65º Festival de Berlim, em fevereiro.
Premiação
A atriz principal, Regina Casé, também recebeu, em Sundance, nos Estados Unidos, o Prêmio Especial do Júri pela atuação como a personagem Val. Ela dividiu a homenagem com a atriz Camila Márdila, que fez a filha da protagonista, também nordestina.
Para participar da seleção do Ministério da Cultura para o Oscar, os filmes tinham que ser inéditos no Brasil e ter sido exibidos, em salas comerciais, por sete dias entre de 1º de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015.
Nos últimos anos, o Brasil selecionou para concorrer à premiação os longas “Hoje eu quero voltar sozinho”, de Daniel Ribeiro (2015), “O som ao redor, de Kleber Mendonça Filho (2014), “O palhaço”, de Selton Mello (2013), “Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro”, de José Padilha (2012), o filme “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto, e “Salve geral”, de Sérgio Rezende (2010).