Alunos do Instituto Estadual de Educação em Juiz de Fora estão há mais de dois meses sem aulas no último horário

Estado afirma estar empenhado para solucionar a situação; professor fala em incompatibilidades e cargos fracionados


Por Pedro Moysés

07/04/2025 às 08h59

Alunos do Instituto Estadual de Educação em Juiz de Fora estão há dois meses sem aula no último horário
Instituto Estadual de Educação (Foto: Felipe Couri)

Os alunos do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora, localizado na antiga Escola Normal, na região central da cidade, estão sem aulas no último horário desde fevereiro. A informação foi enviada à Tribuna por meio da denúncia de um pai cujo filho estuda na instituição. O Estado, através da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), informou que a Superintendência Regional de Educação de Juiz de Fora, responsável pela instituição, está empenhada em solucionar a situação com máxima urgência. 

O professor do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora e membro do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), José Deniac, disse que as diretrizes do Estado acabam restringindo ainda mais a autonomia das escolas estaduais. Segundo ele, “a criação da obrigatoriedade de aulas do itinerário no sexto horário causou várias incompatibilidades, além de cargos fracionados, o que deixa de lado a parte pedagógica do ensino.”

Ainda segundo ele, as contratações ficam em condições precárias, pois os cargos acabam sendo fracionados em quatro ou cinco aulas, onde o professor dá apenas uma aula por dia, no sexto horário. Em conversa com a Tribuna, Deniac afirmou que o Estado não procura ver a especificidade de cada escola e que a falta de diálogo prejudica os trabalhadores e o ensino.

Em nota, a SEE/MG, informou que, para garantir a continuidade das atividades pedagógicas, um edital para a contratação de um profissional já foi publicado e o processo seletivo está em andamento. A expectativa da secretaria é de que a situação “seja regularizada em breve.”

A SEE assegurou que todas as aulas dos Itinerários Formativos, parte essencial da matriz curricular, serão repostas. E que todos os 200 dias letivos previstos no calendário escolar serão cumpridos, sem causar prejuízo aos estudantes.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.