Trabalhadores da Cemig entram em greve em todo o estado
Reivindicações são relacionadas ao plano de saúde da empresa
Os trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) iniciaram, nesta segunda-feira (7), uma greve em todo o estado, por tempo indeterminado. A motivação é relacionada ao Prosaúde Integrado da Cemig (PSI), um dos planos de saúde destinados aos colaboradores ativos e assistidos da estatal.
Mesmo assim, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Juiz de Fora (STIEEJF), todos os serviços estão garantidos à população. Ainda segundo o sindicato, o movimento foi necessário porque a Cemig, “sem divulgação prévia de estudo atuarial, aplicou um reajuste de mais de 60% nas mensalidades de seus beneficiários, descumprindo uma decisão judicial que a impedia de praticar tal ato”.

Além disso, a empresa enviou, na última sexta-feira (31), um boleto aos beneficiários, com vencimento no dia 15 deste mês, transferindo a eles sua parte no custo da manutenção do plano, com o valor total de R$ 1.051,73. Apenas os beneficiários protegidos por liminares judiciais teriam a parcela de patrocínio paga pela própria Cemig.
A categoria reivindica que a empresa cumpra de imediato as decisões judiciais e construa uma negociação em que todos consigam manter sua participação no plano da empresa. No dia 25 de março, o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro) informou que a juíza Daniela Bertolini Rosa Coelho, da 2ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou a suspensão imediata do reajuste 60,5% aplicado aos beneficiários do PSI. A juíza destacou que 57 mil pessoas seriam impactadas.
Procurada, a Cemig informou, por meio de sua assessoria, que tomou conhecimento do movimento de greve, por parte de alguns empregados da companhia e efetivou todas as providencias cabíveis e medidas de contingência para que os atendimentos aos clientes sejam realizados dentro da normalidade em todo estado. “Desta forma, o movimento grevista não está afetando o fornecimento de energia e o andamento dos trabalhos operacionais da empresa.”
A Cemig ainda esclarece que, para os temas que ensejaram a greve, “a empresa segue em negociação com as entidades sindicais e permanece disponível para quaisquer tratativas”.

Tópicos: cemig / greve / plano de saúde / STIEEJF