Após retorno dos EUA, Fabíola Costa permanece internada em Juiz de Fora
Em quadro considerado estável, juiz-forana chegou à cidade nesta segunda
A juiz-forana Fabíola Costa, de 31 anos, retornou a Juiz de Fora na segunda-feira (20), após meses de tentativas da família para trazê-la dos Estados Unidos. Ela sofreu um mal súbito em 20 de setembro de 2024 e, desde então, os familiares buscavam apoio para o retorno ao Brasil.
De acordo com o Samu, Fabíola chegou ao Aeroporto da Zona da Mata e foi transferida para o Hospital Ana Nery sem grandes intercorrências. Para o transporte, foi disponibilizada uma Unidade de Suporte Avançado, com médica, enfermeira e condutor socorrista.
Internada desde segunda-feira, o Hospital Ana Nery informou que a paciente deu entrada por volta das 23h30 e que segue em acompanhamento médico regular, “recebendo toda a assistência necessária conforme protocolos técnicos e éticos de cuidado”.
Em estado vegetativo, ela morava nos Estados Unidos desde 2019, junto do filho, em busca de melhores condições de vida. O marido, Ubiratan Rodrigues da Nova, juntou-se à família no ano seguinte, conforme contou em entrevista à Tribuna em julho. No país, ela trabalhava como manicure e ele, como caminhoneiro. Além do filho, que na época tinha 7 anos, o casal teve mais uma filha, hoje com 5 anos. O filho do primeiro casamento de Ubiratan, de 17 anos, também passou a viver com eles.
Viagem teve doador anônimo
A família chegou a fazer campanhas de arrecadação na internet, mas a viagem foi custeada por um grupo de amigos que se mobilizou na última semana. Em transmissão nas redes sociais, na quarta-feira (22), Ubiratan explicou que segue no país estadunidense com os filhos e que o transporte aéreo não teve custo.
O doador, que preferiu não se identificar, afirmou durante a live que o traslado foi um ato de caridade, sem qualquer custo para a família. Segundo ele, a viagem ocorreu em aeronave particular, não se tratando de voo fretado nem de UTI aérea, como havia sido cogitado anteriormente. O doador acrescentou que não foi necessário suporte intensivo, embora a equipe tenha levado equipamentos médicos preventivos. Fabíola, segundo ele, fez uma boa viagem e não precisou utilizá-los.
Ele contou ainda que o contato com a família ocorreu no dia 14 de outubro. Já o marido, Ubiratan Rodrigues, afirmou que pretende encaminhar a esposa para um hospital particular e que o valor arrecadado nas vaquinhas será usado para manter os cuidados médicos de Fabíola.
A Tribuna voltou a tentar contato com a família, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
*estagiária sob supervisão da editora Fabíola Costa









