Terceiro adolescente é acautelado por homicídio na Vila Esperança I
Jovem de 14 anos foi apreendido pela PM; contra ele já havia mandado expedido pela Vara da Infância e Juventude
O terceiro adolescente procurado por participação nos homicídios ocorridos na semana passada na Vila Esperança I, Zona Norte de Juiz de Fora, foi acautelado no Centro Socioeducativo na segunda-feira (14). O jovem de 14 anos foi apreendido pela Policia Militar, na tarde do mesmo dia, na Rua Dona Ana Salles, entre Benfica e a Vila I. A PM havia recebido informações que o suspeito estaria na região querendo se entregar. Contra ele havia mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e Juventude.
Outros dois adolescentes de 15 anos já haviam sido detidos anteriormente e acautelados durante a operação Asfixia, desencadeada pelo 27º Batalhão da PM. Na sexta-feira (11), os militares descobriram que um deles estava escondido em uma residência na Rua Lima Duarte, em Benfica. Outros rapazes, de 14, 17 e 18 anos estavam na casa, e a PM precisou disparar um tiro de borracha para conter os ânimos, porque eles teriam tentado impedir os policiais de conduzirem o suspeito. Depois de tentar fugir, segundo a polícia, o jovem acabou confessando a participação no assassinato de Ilson Pires Ribeiro, 30, executado a tiros no dia 8 na Rua João Ribeiro de Novaes. Ele alegou ter matado o homem por já ter sido agredido por ele em data anterior.
O comparsa da mesma idade foi apreendido na quinta-feira (10) e, junto com o adolescente de 14 anos, também teria participado do homicídio de André Luiz de Azevedo, 39, morto a tiros na Rua Clementina de Jesus, na Vila Esperança I, na tarde do dia 6.
Os crimes, investigados pela Delegacia Especializada de Homicídios, aconteceram em um intervalo de dois dias e chocaram a população pela crueldade praticada por jovens. Nos dois casos, as vítimas foram surpreendidas pelos disparos a uma curta distância e, mesmo quando já estavam caídas no chão, foram alvejadas por mais tiros à queima-roupa.
Ilson estava com a namorada quando foi baleado. Ele sofreu seis perfurações à bala nas costas e outras quatro no tórax. Já André, conversava com o irmão em via pública momentos antes de ser morto, com três tiros na cabeça e um no peito. “Todos os autores dos dois homicídios já estão apreendidos”, concluiu a PM. Nenhuma arma de fogo usada nas ações criminosas foi localizada, e a Polícia Civil busca identificar os proprietários dos armamentos.