Suspeito de matar o pai é encontrado morto no Ceresp
Um jovem de 24 anos que estava acautelado no Ceresp, no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora, amanheceu morto nesta sexta-feira (10). Weber do Carmo Viana Filho foi preso no dia 4 de junho do ano passado por suspeita de ter matado e enterrado o próprio pai, o pedreiro Weber do Carmo Viana, 54, na frente da casa da família no Bairro Poço Rico, Zona Sudeste. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar no início desta manhã, ele foi encontrado na cela em que estava detido pendurado pelo pescoço por meio de uma corda artesanal feita com lençol, conhecida como teresa. O pano, com cerca de 50cm, estava atado à grade do banheiro.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou que Weber havia dado entrada no Ceresp em 05 de junho de 2014 pelo artigo 211 do Código Penal (destruição, subtração ou ocultação de cadáver). “A unidade prisional acionou a Polícia Militar para registrar a ocorrência e instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido. As investigações sobre a morte estão por conta da Polícia Civil, que esteve no local para fazer a perícia”, informou a Seds, acrescentando que o Ceresp segue sua rotina.
O caso foi descoberto por volta das 6h30, quando alguns detentos da cela 26, no andar superior, solicitaram a presença de agentes penitenciários. De acordo com a ocorrência, a vítima aparentava estar morta há algum tempo. O óbito foi confirmado pelo Samu. Os companheiros de cela de Weber relataram à PM que dormiram normalmente e não perceberam qualquer ação estranha. Ao acordar, um dos presos abriu a cortina que separa o dormitório do banheiro e encontrou o jovem morto. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).
[Relaciondas_post]
Na época das investigações, Weber confessou o crime à Polícia Civil, alegando ter descoberto que o pai estava tendo um relacionamento amoroso com sua namorada. Ele contou ter aplicado o golpe conhecido como mata-leão até que a vítima desmaiasse e, depois, a estrangulado até a morte com um pedaço de fio. Em seguida, o cadáver foi envolvido em um plástico e jogado em um buraco já existente na frente da casa, sendo coberto com terra e esterco, às margens da linha férrea, na Rua Duque de Caxias. Também na época, a namorada, suspeita de ocultação de cadáver, negou ter tido um relacionamento amoroso com a vítima e disse acreditar que o suspeito, com quem estava há quatro meses, poderia ter matado o próprio pai para vender a casa e viajar com ela.