Fiscalização no HPS encontra certificação vencida, pacientes no corredor e móveis sucateados
Operação do Tribunal de Contas do Estado vistoriou unidades de saúde em diferentes municípios de Minas Gerais
O Hospital Dr. Mozart Geraldo Teixeira, conhecido como Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Juiz de Fora, foi uma das unidades de saúde de Minas Gerais fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). A operação, iniciada na manhã e finalizada na noite desta terça-feira (5), teve o objetivo de analisar a prestação de serviços nas unidades públicas de saúde.
No HPS, foi constatado pelo TCE que não foi possível identificar as caixas d’água e que não há laudo de limpeza. Além disso, pacientes (internados ou não) foram encontrados no corredor, assim como macas. A certificação de desinsetização e desratização do estabelecimento estava vencida e os equipamentos aguardavam manutenção, sendo que a empresa que presta os serviços de restauro fica no próprio hospital.
Outro ponto vistoriado foi o banheiro do hospital. O acesso ao local foi classificado como precário, segundo o TCE, a entrada não possui cobertura, sem apoio para pessoas cadeirantes além de não ter iluminação nem tampa ralo. O sanitário para os usuário estava sujo e sem descarga no momento da fiscalização, conforme o relatório. Por fim, também foi constatada a presença de móveis sucateados e de material permanente em desuso.
Demandada pela Tribuna sobre o relatório do TCE-MG, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informou que recebeu, das 16h de terça até a meia noite de quarta-feira (6), a equipe do Tribunal de Contas do Estado para vistoria no HPS. Entretanto, a administração afirmou que “não foi encontrada nenhuma irregularidade grave, tanto é que não houve nenhuma autuação imediata”. A PJF afirma, ainda, que aguarda o relatório final do TCE.
A operação aconteceu de forma simultânea em todo o estado. Só na data, os analistas do TCE estiveram em 27 unidades de saúde de todas as regiões de Minas Gerais. Entre as cidades envolvidas estão Sete Lagoas, Ipatinga, São Lourenço e Aimorés. Durante a quarta, o Tribunal visitou unidades em Belo Horizonte, Cataguases, Uberaba, Divinópolis e outros municípios do estado.