Vacina Calixcoca entra em fase de testes em humanos com apoio do Governo de Minas e UFMG

Aporte de R$ 18,8 milhões viabiliza início dos estudos clínicos em humanos


Por Tribuna

31/08/2025 às 12h00

O Governo de Minas Gerais e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciaram, nesta quinta-feira (28), em Belo Horizonte, a concessão da patente nacional e internacional da vacina Calixcoca, desenvolvida como alternativa terapêutica contra a dependência de crack e cocaína. O imunizante já foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e nos Estados Unidos.

A novidade foi apresentada durante a celebração dos 40 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), cotitular da patente junto à UFMG. O governador Romeu Zema (Novo) destacou que a pesquisa representa um avanço no enfrentamento de um problema de saúde pública de alcance global.

Investimentos para viabilizar testes em humanos

Com aporte de R$ 18,8 milhões do Governo de Minas, a vacina entrará na fase de testes clínicos em humanos. Do total, R$ 10 milhões são provenientes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e R$ 8,8 milhões da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), via Fapemig. Outros R$ 14,6 milhões já haviam sido repassados em 2024, além de R$ 1,69 milhão liberado em 2025. Entre 2026 e 2027, serão destinados mais R$ 2,6 milhões, além de R$ 500 mil já aplicados em pesquisas.

“O investimento de quase R$ 20 milhões permitirá a transição para uma nova fase de estudos, com perspectiva de que, em alguns anos, o imunizante esteja disponível no sistema público de saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti.

 Inovação reconhecida internacionalmente

A Calixcoca é a primeira vacina desenvolvida no mundo voltada para o consumo de crack e cocaína. Diferentemente de outros testes internacionais, o imunizante é não proteico, baseado na molécula sintética V4N2 (calixareno). O organismo passa a produzir anticorpos que se ligam à droga no sangue, impedindo que chegue ao cérebro.

Os estudos pré-clínicos demonstraram não apenas a produção de anticorpos, mas também efeitos positivos na gestação de ratas expostas à droga, com redução de abortos espontâneos e filhotes mais saudáveis. O projeto já recebeu prêmios como o Euro Inovação na Saúde (2023) e o Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica (2023).

Ciência mineira em destaque

A Fapemig, que completa 40 anos em 2025, deve investir mais de R$ 560 milhões neste ano em projetos de ciência, tecnologia e inovação, contribuindo para a meta estadual de aplicar mais de R$ 1 bilhão até 2026. “Queremos, por meio da ciência e do investimento continuado, continuar sendo relevantes, gerando soluções fundamentais para a saúde e para a economia”, disse o presidente da fundação, Carlos Alberto Arruda de Oliveira.

 Cooperação para segurança alimentar

Durante o evento, foi também assinado um acordo entre os governos de Minas Gerais e Paraná para pesquisas em melhoramento genético de soja e feijão. A primeira chamada pública da parceria terá investimento de R$ 10 milhões em pesquisas de genômica e microbioma do solo, áreas estratégicas para o agronegócio.

Texto da Agência MInas reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe

 

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