Após 18 horas de julgamento, Justiça condena três homens a até 40 anos de prisão por homicídio

Condenados deveram cumprir a pena em regime inicialmente fechado


Por Tribuna

14/04/2025 às 11h37

Após 18 horas de julgamento pelo Tribunal do Júri, três homens foram condenados por espancamento e morte de um adolescente, crime ocorrido em 2023, em Governador Valadares, município mineiro localizado a cerca de 450 quilômetros de Juiz de Fora. Um dos réus, menor de idade na época do crime, recebeu pena de 30 anos de prisão. Os outros dois foram sentenciados a 40 anos e 10 meses cada, todos em regime inicialmente fechado. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).

O julgamento terminou na madrugada de sexta-feira (11), e o juiz Everton Villaron de Souza negou que os réus possam recorrer em liberdade. De a cordo com as informações do TJMG, desde a fase inicial do processo, eles foram presos para preservação da ordem, uma vez que testemunhas e moradores do bairro onde ocorreu o crime teriam sido intimidadas e ameaçadas pelos acusados. 

A motivação do crime, segundo apurado durante o processo, se deu por conflitos relacionados ao tráfico de drogas na região. O que foi considerado motivo torpe e com o uso de recurso cruel – a vítima foi morta com golpes de facas e de uma barra de ferro. Além da condenação por homicídio e seus qualificadores, os suspeitos foram sentenciados pelo crime de concurso formal, isto é, quando mais um crime é praticado com uma única ação e por corrupção de menor, já que um adolescente de 17 anos participou do homicídio.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público à Justiça, entre os dias 19 e 20 de abril de 2023, os três acusados teriam atraído a vítima para casa de um deles, no Bairro Vila Isa, em Governador Valadares. No local, o adolescente foi atacado e, posteriormente, morto. 

No decorrer da luta corporal, a vítima teria tentado se defender, conforme revelou os autos do processo que identificaram lesões nas mãos e nos braços do jovem. O juiz considerou, ainda, que o adolescente teve sofrimento físico e psicológico prolongado durante o crime, cometido por meio de arma branca e de um pedaço de ferro. 

Após a execução, o corpo do adolescente foi deixado no imóvel e só foi encontrado quando a mãe do rapaz acionou a Polícia Militar para informar o desaparecimento e relatar ter visto a bicicleta do filho em frente à uma casa – onde ele foi agredido e morto. Na época, as informações sobre o caso também davam conta que os réus foram vistos deixando a residência com as roupas ensanguentadas.

Tópicos: TJMG

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