Professores protestam contra fechamento de turma noturna em escola estadual

Secretaria de Educação afirma que houve remanejamento dos alunos


Por Mariana Souza*

31/05/2025 às 11h54

Professores da Escola Estadual Antônio Carlos, no Bairro Mariano Procópio, realizaram um protesto, na noite de sexta-feira (30), contra o fechamento imediato de uma turma do 3º ano do ensino médio no turno da noite.

A unidade escolar funciona nos três turnos e oferece turmas de ensino fundamental, médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). No período noturno, são ofertadas três turmas do 1º ano, três do 2º, quatro do 3º ano do ensino médio, além de uma turma de 3º ano do EJA.

Segundo a categoria, após a visita de um inspetor da Superintendência Regional de Educação de Juiz de Fora (SRE-JF), foi solicitada a redução do número de turmas devido à baixa presença de alunos no dia da vistoria. A princípio, o fechamento de quatro turmas chegou a ser cogitado, afirmam os docentes.

Após nova reunião com representantes da SRE-JF, os professores relataram que conseguiram um prazo até julho para realizar uma busca ativa — quando a escola entra em contato com estudantes faltosos para entender os motivos da ausência e tentar reinseri-los no ambiente escolar.

Apesar disso, teria sido confirmado o fechamento imediato de uma das turmas do 3º ano do ensino médio. Os alunos foram remanejados para outras salas.

Reorganização

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) negou o fechamento de turmas e afirmou que houve apenas uma reorganização para equilibrar o número de estudantes por sala.

“Não houve fechamento de turmas na Escola Estadual Antônio Carlos, em Juiz de Fora. Após um levantamento, foi identificada a necessidade de redimensionamento das turmas do ensino médio, com o objetivo de garantir melhores condições pedagógicas, conforme previsto na Resolução SEE nº 4.672/2021.”

A resolução citada estabelece as normas para a organização do quadro de pessoal nas escolas estaduais de Minas Gerais, incluindo critérios para o dimensionamento das turmas, a reorganização e o remanejamento de estudantes e professores, com o objetivo de garantir a qualidade do ensino e o funcionamento regular das unidades escolares.

A secretaria também garantiu que a reorganização não resultará em salas superlotadas nem em prejuízos para os alunos. “A redistribuição das turmas está sendo feita com responsabilidade, de modo a assegurar o cumprimento do calendário letivo e manter a qualidade do ensino.”

*estagiária sob supervisão da editora Fabíola Costa

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