Dia Nacional da Saúde Bucal
“Já foi o tempo em que o cirurgião-dentista era apenas um ‘obturador de cáries’ e ‘arrancador de dentes’”
O Dia Nacional da Saúde Bucal foi institucionalizado tendo como referência a criação dos dois primeiros cursos de graduação em Odontologia no Rio de Janeiro e na Bahia, cujo decreto número 9.311 foi assinado no dia 25 de outubro de 1884.
Nessa mesma data, 25 de outubro, comemora-se o Dia do Cirurgião-Dentista Brasileiro, oportunidade em que, em todo o Brasil, os cirurgiões-dentistas comemoram com entusiasmo e avaliações o dia a eles dedicado.
O entusiasmo evidente nas comemorações se deve, em grande parte, aos avanços científicos e tecnológicos alcançados pela odontologia brasileira e, por consequência, alcançados também pelos profissionais que se dedicam a tão nobre profissão.
Nas três últimas décadas, foram significativas as conquistas de espaços científicos e tecnológicos até então inexistentes, que vieram contribuir para uma prática odontológica mais eficiente, com tecnologias de ponta, revertendo os procedimentos em benefícios recíprocos – pacientes x profissionais.
Plagiando o dito popular que diz que “a saúde começa pela boca”, nessa visão, a odontologia, no cumprimento de seu mister, tem como compromisso a prática zelosa, científica e tecnicamente aplicadas, o dever de cuidar da boca e de seus anexos internos e externos.
Esse grupo profissional, promotor da saúde e do bem-estar da sociedade, é responsável pelo início da digestão ao cuidar dos dentes cortando e triturando alimentos em partes menores, a língua absorvendo sabores, a saliva lubrificando e diluindo a comida, além de iniciar a digestão de carboidratos de relativa complexidade.
A odontologia, como uma das mais complexas habilidades médicas, se subdivide em várias especialidades, tais como clínica geral, cirurgia, ortodontia, endodontia, odontologia legal, odontopediatria, odontogeriatria, implantodontia, prótese, harmonização facial, odontologia hospitalar etc.
Os profissionais da odontologia não se limitam em examinar seus pacientes apenas no complexo bucal. Estendem a sua anamnese, avaliando o paciente por completo e elaborando um prontuário que venha facilitar o diagnóstico e o prognóstico para avaliar com precisão e segurança o tratamento a ser executado.
A observação detalhada do complexo bucal leva o cirurgião-dentista a identificar vários sintomas de possíveis patologias que seus pacientes já sejam portadores ou que, pela sintomatologia observada, venham a desenvolver.
Por meio de exames criteriosos, feitos por cirurgiões-dentistas também criteriosos, várias doenças podem manifestar “sinais” de que “algo” (doença) aconteceu ou está prestes a acontecer. Cabe ao cirurgião-dentista orientar o seu paciente sobre qual especialista médico deve ser consultado.
Doenças como cárie (a mais prevalente), gengivite, candidíase e herpes labial são manifestações de fácil identificação. Porém existem outros sinais (sintomas) que podem revelar possibilidades de sífilis, leucemia, bulimia e doenças autoimunes, como lúpus eritematoso.
Uma atenção especial para manchas vermelhas, esbranquiçadas, na língua e nas bochechas, e feridas que não cicatrizam, que podem significar possibilidades de câncer bucal, principalmente um alerta para tabagistas (fumantes) e consumidores de bebidas alcoólicas.
Já foi o tempo em que o cirurgião-dentista era apenas um “obturador de cáries” e “arrancador de dentes”.
Hoje, ser cirurgião-dentista é se sentir valorizado e reconhecido pela sociedade e pelos meios científicos como um profissional integrado e sintonizado aos demais profissionais promotores da saúde e do bem-estar da população brasileira.