O Código Cristão

“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar- lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto.”

Jesus veio à Terra, quando a Lei de Talião ainda mediava relações sociais judaicas e consistia na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, traduzida pela afirmativa “olho por olho, dente por dente”. Moisés a empregou como lei civil ou disciplinar em Israel, para combater vícios e preconceitos de um povo turbulento e indisciplinado. Essa lei, de caráter transitório, fora necessária naquele tempo.

A afirmativa de Jesus, pelo evangelista Mateus, esclarece que o Mestre não viera derrogar a Lei Judaica, mas dar cumprimento à Lei Divina, compreendendo que ambas tinham um teor de conhecimento adequado à cada época e ao nível moral dos homens de um tempo e de outro, sendo fases complementares e progressivas para a instrução da humanidade. Com essas palavras, Jesus anunciou a razão de sua vinda, iniciando uma nova era da religião, fundamentada no progresso moral. Combateu as práticas exteriores e as interpretações falsas, alertando que deveria ser dado a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Exaltou o amor, o perdão e a caridade como o caminho e a verdade. Esclareceu o princípio dos deveres dos homens em dois mandamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Esta é toda a lei e os profetas”.

Assim “o céu e a terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto”. Embora a humanidade recalcitre contra os aguilhões, Jesus permanece envolvendo corações, amparando seus irmãos menores, a fim de que atendam ao chamado divino. Seu evangelho é o código de conduta cristã, a Lei Divina se faz emoldurada pela misericórdia e pelo amor, conforme o Mestre ensinou: “Vá e não voltes a pecar”; “a sua fé lhe curou”.

Pedro afirma em sua 1ª Epístola, 4:8 que “O amor cobre a multidão dos pecados”; o que significa dizer que todos podem modificar-se para melhor, alterar a sua caminhada de maneira a aproximar-se cada vez mais da mensagem de Deus, integrando- se à vontade do Pai.

Jesus conhece as dificuldades da humanidade em superar o homem velho e edificar o homem novo. Mas é o Cristo quem diz: “Meu fardo é leve, meu jugo é suave. Vinde a mim e eu vos aliviarei.” E a médium Isabel Salomão de Campos, que está sempre a reconduzir corações ao encontro de Jesus, relembra o convite de renovação pelos padrões de seu evangelho de amor, como o roteiro seguro: “O passado faltoso não tem poderes sobre o presente de renovação com o Cristo.”