Uma cidade referĂȘncia
Juiz de Fora chega aos 173 anos marcada por uma série de realizaçÔes e outros tantos desafios impostos pela própria dinùmica das cidades e pelas demandas da população
Hå tempos não se via um elenco tão expressivo de realizaçÔes como parte do aniversårio de Juiz de Fora, cidade que, nesta quarta-feira, completa 173 anos de emancipação. Entre as muitas realizaçÔes estão a abertura completa do Museu Mariano Procópio, fechado hå 15 anos para obras, e do Ginåsio Poliesportivo Radialista AntÎnio Marcos, também com mais de uma década de paralisação e que agora serå entregue à população.
HĂĄ outros eventos, como prevĂȘ a vasta programação de aniversĂĄrio, mas esses dois, por si sĂł, sĂŁo emblemĂĄticos, por significarem o fim de duas novelas de longos capĂtulos que passaram por diversas administraçÔes sob a promessa de estarem concluĂdas. HĂĄ, tambĂ©m, intervençÔes de viĂ©s social e outras em andamento, como o Viaduto Roza Cabinda, sobre a linha fĂ©rrea na Rua Benjamin Constant. Este, um passo adiante na mobilidade urbana, por dar fim Ă s longas retençÔes provocadas no trecho quando da passagem do trem.
Em 2002, em plena campanha eleitoral para o Governo de Minas, o entĂŁo deputado AĂ©cio Neves viu de perto uma ambulĂąncia ficar retida na passagem de nĂvel a despeito da urgĂȘncia. Prometeu que carrear recursos para a obra seria uma de suas prioridades, sensibilizado pela cena. Venceu as eleiçÔes, mas o projeto nĂŁo avançou.
Cortada pela linha fĂ©rrea, Juiz de Fora tem o desafio de conciliar seu dia a dia com a ferrovia, jĂĄ que nĂŁo hĂĄ mĂnimas condiçÔes para tirĂĄ-la da malha urbana. Quando da antecipação da sua concessĂŁo, a MRS, que administra o trecho, adotou como contrapartida uma sĂ©rie de realizaçÔes, entre elas a construção de outros viadutos e o encapsulamento da via, a fim de garantir a segurança coletiva.
O viaduto Roza Cabinda, uma homenagem anunciada pela prefeita Margarida SalomĂŁo, durante a entrega da Comenda Henrique Halfeld – o mesmo que se recusou a dar-lhe a alforria -, jĂĄ estĂĄ com obras em curso com previsĂŁo de outros projetos nos prĂłximos anos. A cidade, como jĂĄ foi discutido em mais de uma vez neste espaço, tem um considerĂĄvel passivo na mobilidade que faz parte do pacote do futuro a ser implementado.
No dia de seu aniversĂĄrio, Juiz de Fora estĂĄ sendo contemplada com vĂĄrias obras; que outras venham no futuro, uma vez que as cidades sĂŁo dinĂąmicas e tĂȘm que acolher as demandas diĂĄrias da população. O municĂpio jĂĄ viveu vĂĄrios ciclos, inaugurados com o cafĂ©, passando por malharias. Hoje se situa entre os mais qualificados polos de serviço que impĂ”em o desafio da permanente renovação.
Desde 1981, quando circulou a primeira edição, a Tribuna vem acompanhando a histĂłria da cidade, o que faz dela uma testemunha das muitas idas e vindas de seu desenvolvimento. O ciclo virtuoso ora em curso deve contar com a participação de outros segmentos, pois Ă© evidente a importĂąncia da unidade dos diversos setores em torno da causa Ășnica de fazer da cidade um polo capaz de receber novos empreendimentos e fomentar o crescimento de seu entorno.
Como polo, nĂŁo pode crescer sozinha, mas a cidade deve se manter como referĂȘncia ante um futuro com tantas expectativas.