Um gesto simples
O doador de sangue age com empatia e salva vidas; as homenagens hoje prestadas aos voluntários são justas
Um gesto simples e necessário. Assim pode ser resumida a doação de sangue, cujo dia do voluntário está sendo comemorado nesta sexta-feira, quando personagens que completaram 50 doações serão homenageados. Para entender a importância de tal ação, a cada doação são colhidos 450 ml de sangue, que podem salvar até quatro vidas. Os 23 doadores que ao curso da vida já doaram mais de 50 vezes, se somados, são responsáveis por beneficiar pelo menos 4.600 pessoas.
A despeito de tal importância, a população ainda carece de informações para se convencer do papel do doador. Por não serem informadas não apenas do gesto, mas também de sua repercussão, muitos não se atentam para tal iniciativa. Ademais, por desconhecimento, são induzidos a acreditar em uma série de implicações sem qualquer procedência. O organismo se regenera e repõe a quantidade doada. E a vida segue seu curso.
Durante a fase mais aguda da pandemia o número de doadores caiu, mas foi também neste mesmo período que o brasileiro – para ficar só no caso nacional – se viu envolvido em diversos processos de solidariedade. Empatia tornou-se a palavra mais procurada e sua execução revelou a importância de se ver no outro. O doador tem essa consciência, pois seu gesto tem implicação direta em outras vidas.
O Dia do Doador Voluntário, celebrado neste dia 25 de novembro, deve ser uma demanda permanente da sociedade, por tratar-se de um processo diário. É comum em determinadas épocas do ano ocorrer uma queda de doações, e todos sabem das suas implicações. Por isso, discutir o tema, levá-lo para as empresas e escolas é uma necessidade, pois, só com informações será possível ampliar os bancos de sangue e garantir que vidas não serão perdidas por falta de doadores.
Mais ainda. A conscientização de se ver no outro é de vital importância, pois todos, independentemente de qualquer status social, raça, cor ou credo se encontra no espaço da possibilidade de ser um eventual receptor. É um dado humano, que a todos iguala.
Em Juiz de Fora, a Fundação Hemominas é uma referência regional, por atender não só à demanda local, mas da Zona da Mata. Seus profissionais também devem ser homenageados não apenas nesta data, mas em todos os dias, pois são parte do processo em que voluntários se apresentam para salvar vidas e eles tornam esse nobre gesto uma realidade.