Margarida sobre novo HPS: ‘Estamos ainda longe de começar a construção’
Após nova audiência, não há definição de uso ou demolição da estrutura que já existe
A prefeita Margarida Salomão (PT) se pronunciou pelas redes sociais, na noite de quarta-feira (3), a respeito da construção do novo HPS no local onde estão as estruturas do que seria o Hospital Regional. Segundo ela, “estamos ainda longe de começar a construção”. Apesar disso, ela considera que houve um avanço, após uma audiência realizada mais cedo, com a presença do juiz Marcelo Piragibe e de representantes do Estado, do Município e do Ministério Público.
“Vocês se lembram, houve até um grande alarido, um grande barulho relativo à demolição daquelas estruturas que estão lá intituladas ‘novo Hospital Regional’, e que foram consideradas, em algum momento, pelo Estado, como estruturas imprestáveis, que não serviriam para nada. O Ministério Público judicializou essa posição do Estado e nós entramos juntos contra essa decisão”, lembra Margarida.
O que consta no processo, agora, é que ficou acordado entre as partes que, no local das obras, será construído um HPS. Além disso, até 30 de setembro, o Município encaminhará a documentação de um convênio para realização de estudos e elaboração de projetos para a construção. O valor máximo desse convênio, pago pelo Estado, será de R$ 5,5 milhões.
Após o envio da documentação, o Estado fará a primeira análise, no prazo de dez dias. Também ficou acordado que haverá um cronograma para acompanhamento dos trabalhos, com reuniões a cada três meses. Já foi designada uma nova audiência sobre o tema para o dia 3 de dezembro.
No dia 22 de agosto, em visita a Juiz de Fora, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), reiterou que o Estado não reconhece como possível utilizar a estrutura da fundação, que estaria mal construída, mas o terreno, sim.
Já Margarida afirma que “o piso daquela ruína que está lá é mais ou menos equivalente ao atual HPS, então é perfeitamente possível que nós venhamos a construir ali um equipamento novo”.
Em nenhum momento, nem mesmo nos autos do processo, há uma definição de uso ou demolição do que já existe. A própria prefeita deixa em aberto as possibilidades, concluindo que, “se isso tudo der certo, é um final feliz”. A Tribuna entrou em contato com o Governo de Minas, questionando se o Estado pode voltar atrás no posicionamento de que a estrutura precisa ser demolida. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) não respondeu a indagação, mas voltou a apontar que houve diagnósticos de “erros graves no processo de construção da unidade. Nunca houve projeto na Seinfra para demolição do prédio.”

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