Estudante da UFJF viraliza após comemoração desastrada de vitória do Tombense
Elias Gomide machucou após pular de costas no mar para comemorar triunfo sobre o Ituano; jovem é conhecido pelo fanatismo pelo time de Tombos
É comum que os torcedores fanáticos pelo seus times do coração se exaltem na hora de comemorar um gol importante ou uma vitória nos acréscimos. Gritos, pulos e até palavrões. Mas poucos já se emocionaram tanto quanto o estudante de Rádio, TV e Internet da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Elias Gomide. O Muriaense, de 20 anos, estava em uma viagem com amigos em Arraial do Cabo, no último dia 22. Às 11h, o clube mineiro entrou em campo para jogar contra o Ituano – com a torcida ilustre do jovem, que, mesmo na praia, ouvia o jogo pelo rádio.
Aos 42 minutos da primeira etapa, o Tombense abriu o placar com gol do atacante Fernandão. No calor do momento, Elias foi ao mar e pulou algumas ondas. Seus amigos se divertiram com o gesto, e ficou decidido que, a cada novo gol do clube, mais um pulo seria dado pelo estudante. Aos 68 minutos, Matheus Frizzo fez o segundo tento, acompanhado, novamente, de mais uma performance do torcedor. Já aos 81 minutos, Marcelinho fez o terceiro, mas como estava perto do final do jogo, Elias esperou último apito do árbitro. Quando ele veio, foi acompanhado de um borbulhão de sentimentos, o qual iria lhe proporcionar um cotovelo deslocado – e uma história para guardar sempre na memória.
“Quando acabou a partida, fui ao mar de novo, muito eufórico pela vitória, e decidi pular a onda de costas. Só que a parte que eu estava era muito rasa, e tive a infelicidade de quando cair, a onda já ter passado. Na hora demorei a perceber, só tinha começado a doer um pouco. Tinha um ortopedista na praia, ele tentou colocar o cotovelo no lugar, só que não deu certo. Fui ao pronto-socorro, onde enfaixaram meu braço e me encaminharam ao hospital de ambulância”, conta Elias.
No hospital, conseguiram colocar o cotovelo do fanático pelo Tombense no lugar. Entretanto, ele terá que ficar seis semanas com o braço engessado. “Claro que é uma situação que ninguém gostaria de passar, mas depois que a dor acabou, e constatado que não foi nada grave, saber que foi ocasionado pelo Tombense deixa (a história) especial. Como costumo brincar que pelo Tombense tudo vale a pena”, garante o torcedor, que viu a história ser compartilhada por outros torcedores e fanpages da equipe de Tombos.
Fanatismo pelo Tombense
Elias é um dos torcedores mais fanáticos e reconhecidos do Tombense. A sua relação com o clube começou em 2013, quando seu pai decidiu levá-lo de Muriaé a Tombos para assistir ao jogo contra o Boa Esporte, pelo Campeonato Mineiro. “Entrei com os jogadores e o Tombense ganhou a partida. Gostei muito do ambiente, do estádio, e do dia em si, porque era algumas horas antes do meu aniversário de dez anos”, relembra.
Em dez anos como torcedor do clube, Elias já viajou para diversas cidades para estar perto do seu maior amor. “Já fui em um jogo contra o próprio Ituano, na final da Série C, em Itu. Também estive em Campinas, Macaé, Belo Horizonte. Escrevi músicas para o Tombense. A relação é muito próxima, explica muito meu sentido de vida e minha paixão por Minas Gerais”, explica.