Após derrotas em casa, diretores projetam futuro de Baeta, JF Vôlei e Tupi
Tupynambás e Carijó pensam em reforços; JF Vôlei crê em recuperação a partir de jogo na quinta
Tupynambás, JF Vôlei e Tupi atuaram nesse fim de semana diante do torcedor e acabaram derrotados. Em mau momento, recuperação é a palavra de ordem nas equipes locais pela elite do Campeonato Mineiro e Superliga B; no Galo Carijó, contudo, um sinal de alerta já foi ligado após o tropeço justamente na estreia em Juiz de Fora pelo Módulo II. Diante dos momentos conturbados no início de temporada, a Tribuna coletou relatos de diretores das três equipes, que analisaram o cenário e buscaram diagnosticar as deficiências que devem ser páginas viradas nas campanhas.
O primeiro a entrar em campo foi o Leão do Poço Rico, superado pelo Uberlândia por 3 a 1 no Estádio Municipal, sábado (15) à tarde. O vice-presidente de futebol, Cláudio Dias, lamentou os obstáculos vivenciados desde a pré-temporada, mas seguirá observando o mercado.
“Desde o início buscamos jogadores para que sejam efetivos na posição. Mas durante o percurso vêm o desgaste físico, cartões, lesões – o Allan teve três, o Michel Benhami se apresentou contundido, teve o próprio Renan Rinaldi (goleiro, fora do Mineiro). E precisamos substituir à altura. Trouxemos três atletas que não estrearam (Magal, Michel e André Zuba). Tive uma conversa com o técnico hoje (segunda) e a intenção é a de novos reforços, mas atletas prontos. Não podem estar parados, o que dificulta. Seria um atacante, um meia e um volante”, conta Cláudio. O diretor reiterou que o goleiro Zuba não atuou por atraso na rescisão com o ex-clube, Bahia de Feira, a tempo.
Com a próxima partida apenas no dia 1º de março, na Arena Independência, contra o Coimbra, o elenco juiz-forano não terá folga durante o carnaval. “Precisamos de empenho, de que o jogador lesionado trabalhe dobrado. O time tem jogado bem o primeiro tempo, mas cede o placar no segundo. Temos que trabalhar para mudar isso. Infelizmente muitas pessoas falam e não participam do dia a dia, mas temos um teto financeiro e não vamos comprometer o clube com dívidas trabalhistas. Temos cinco jogos e podemos recuperar. Se fosse só dinheiro, o BMG, que é o Coimbra, estaria em primeiro; o Tombense não apresentou nada de mais contra a gente e está em segundo. É o futebol, resultado. Com a primeira vitória fica mais fácil de trabalhar”, avalia o diretor.
JF Vôlei: recuperação sem reforços
O Uberlândia também foi adversário do JF Vôlei no sábado, mas à noite, no Ginásio da UFJF pela Superliga B. E os rivais juiz-foranos venceram por 3 sets a 0, resultado que surpreendeu torcedores e até mesmo profissionais da equipe local, que agora acumula três reveses em quatro rodadas, em penúltimo lugar.
“Foi uma derrota mais doída do que o normal pela necessidade da vitória e a condição que esperávamos que a equipe jogasse. Fomos abaixo, e o Uberlândia fez uma partida muito redonda. Erraram muito pouco. Se olharmos a diferença real, os nossos equívocos, muitas vezes não forçados, definiram a partida. Mas independente do 3 a 0, foi duro e nos coloca em uma situação difícil na tabela, contrariando as minhas previsões iniciais”, esmiúça o diretor Maurício Bara.
Por previsão no regulamento da Superliga B, não é mais possível contratar jogadores. Bara recorre, então, à história e confiança no grupo por uma reviravolta. “Agora é buscar o poder de recuperação, o que já fizemos em muitas outras temporadas, está na nossa história. Acredito na capacidade da equipe e todos temos que ficar juntos para ver como chegamos nas quartas de final”, relata.
O JF Vôlei volta à quadra já nesta quinta-feira (20), às 20h, quando recebe o Anápolis na UFJF. “Esse início nos deixa muito desconfortáveis, mas há um equilíbrio grande ainda e as próximas três partidas vão ser ainda mais decisivas. Já começamos a corrigir os erros, tivemos uma reunião da comissão técnica justamente para entender o que precisamos melhorar. E ao menos temos diagnosticado os motivos das derrotas. Agora é trabalhar isso nos treinos da semana”, conta Bara.
Tupi quer minimizar inexperiência
Último a se apresentar no fim de semana, o Galo Carijó também sofreu duro golpe, mas no Módulo II. Com gol aos 49 do segundo tempo, o Alvinegro caiu para o Guarani por 2 a 1 no Estádio Mário Helênio. Durante as entrevistas coletivas após o jogo, tanto o vice-presidente de futebol, Adil Pimenta, quanto o técnico Alex Nascif, pediram paciência ao torcedor por terem um elenco ainda inexperiente em competições profissionais e com formação de base deficitária nos aspectos físicos e táticos.
“Ficamos um pouco abaixo do que esperávamos. Entendo o torcedor, que passou confiança, veio (ao Estádio). Precisávamos do resultado, mas temos uma equipe muito jovem, atletas sem um lastro de competição ainda, o que vai acontecer. Ficamos chateados pela desenvoltura do trabalho. Agora temos que buscar fora. É falar menos e continuar trabalhando com mais afinco para reverter o quadro”, resume Adil.
O clube seguirá atrás de reforços, com apenas três dos sete jogadores acima dos 23 anos permitidos na competição. “Sem dúvida (vamos buscar reforços), mas com muita cautela, porque a receita é pequena e não podemos fazer loucuras. Temos carência em algumas posições, mas com cuidado para não extrapolar. Só podemos inscrever 30 jogadores, com sete acima dos 23 anos. Temos que saber em qual situação eles chegarão. É analisar para ver o que é o melhor para o clube”, expõe o dirigente.
O Tupi volta a campo no próximo sábado (22), quando visita o Serranense na Arena do Calçado, em Nova Serrana, às 16h.
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