Na estreia de Colombini, Baeta é derrotado pelo Uberlândia no Municipal
Apesar de abrir o marcador, Tupynambás deixa o Mário Helênio com revés de 3 a 1. Leão do Poço Rico segue na lanterna com apenas um ponto
O Tupynambás foi derrotado pelo Uberlândia, por 3 a 1, neste sábado (15), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Mineiro. Apesar da estreia de Karmino Colombini, 58 anos, à frente das fileiras do Leão do Poço Rico, a equipe repetiu os mesmos problemas demonstrados à época de Paulo Campos e Zé Luis Peixoto: depois de inaugurar o marcador, sucumbe à pressão rival e cede à virada. Com apenas um ponto ganho em 18 disputados, o Tupynambás amargará mais uma rodada na lanterna do Mineiro. O clube voltará a campo apenas em 1º de março, quando visitará o Coimbra, em Belo Horizonte, no Estádio Independência.
Em sua estreia, Colombini lançaria a campo o zagueiro Adriano para compor a linha defensiva ao lado de Graffite, Diego Augusto e Sílvio. Entretanto, de última hora, Adriano foi sacado por opção técnica, dando lugar a Bruno. E, logo no minuto inicial, Bruno finalizou forte, cruzado, assustando o arqueiro Rafael. O Baeta chegaria novamente à área do Uberlândia somente aos 15 minutos. E já sob chuva. Pela esquerda, o bom Fabinho Alves limpou o primeiro marcador, mas o zagueiro Plínio recuperou-se no lance. Porém, a bola sobrou para o experiente Lúcio, que, ao tentar dominar a bola, a deixou escapar.
Em seguida, o Uberlândia obrigou o arqueiro Gabriel Bottan a trabalhar pela primeira vez. Em venenosa cobrança de falta de Dija Baiano, Bottan fez a defesa em dois tempos, embora o árbitro já houvesse interrompido a partida. Aos 21, a resposta do Leão do Poço Rico veio a galope. Após boa jogada na ponta esquerda, Allan soltou o pé no canto direito de Rafael, mas o goleiro, com os pés, colocou a bola pela linha de fundo. A esta altura, o Uberlândia já estava mais à vontade no Mário Helênio, vide falha protagonizada por Sílvio aos 24 minutos. O zagueiro tentou sair jogando, mas entregou a bola nos pés de Luizinho, que fez a ligação direta com Jhuliam. Na sequência, Gabriel Bottan dividiu com o centroavante adversário, a bola espirrou e Dija Baiano emendou, mas o goleiro do Baeta espalmou para escanteio.
Aos 27, em cobrança de falta ensaiada, o Alviverde do Triângulo assustou Bottan mais uma vez. Dija Baiano rolou para o lateral-esquerdo finalizar e tirar tinta da trave direita de Gabriel Bottan. Mais tarde, foi a vez de Leandro Salino desperdiçar chance para os visitantes em finalização descalibrada. Aos 33, quando a chuva cessava, o lateral-direito Joazi obrigou Bottan a nova defesa após forte finalização. Apesar do mau momento, o Tupynambás inaugurou o marcador aos 40 minutos. Em cobrança de escanteio de Lúcio, Bruno, na risca da pequena área, no primeiro pau, testou para o fundo do gol de Rafael, levando o Baeta para o vestiário com a vantagem.
Porém, o Alviverde do Triângulo levou apenas cinco minutos do segundo tempo para igualar o marcador. Em escapada de Joazi pela direita, o lateral alçou a bola na área, a bola ficou viva e Jô finalizou rasteiro no canto esquerdo de Bottan. Aos 13, os visitantes ficaram a um travessão da virada. Jhuliam fez o pivô, Dija Baiano recebeu, cruzou e o próprio Jhuliam carimbou a trave do arqueiro Gabriel Bottan. Depois do empate, o Uberlândia voltou a se sentir mais confortável em campo, sobretudo após a expulsão do zagueiro Sílvio, aos 25 minutos. Já amarelado, o defensor derrubou Wandinho no limite da grande área – apesar de o assistente ter assinalado o pênalti, o árbitro garantiu a penalidade fora da área. Na cobrança de falta, o lateral-esquerdo Fábio Alves, que já havia assustado Bottan algumas vezes nos 45 minutos iniciais, colocou o Alviverde na frente do marcador em forte finalização.
A expulsão de Sílvio, somada ao tento de Fábio Alves, minou quaisquer chances de vitória de um Tupynambás sem criatividade alguma. Aos 32, depois de tabela com Leandro Salino, Wandinho cruzou para Jhuliam. Entretanto, Bottan se adiantou e, se não fosse sua interceptação, o centroavante apenas empurraria a bola para o fundo das redes. Mas aos 36 minutos, o castigo final. Diogo Peixoto sofreu pênalti ao invadir a área em boa jogada. O próprio jogador pegou a bola, posicionou na marca da cal e ampliou o placar para os visitantes. A dez minutos do fim, os torcedores do Leão do Poço Rico começaram a deixar as arquibancadas do Mário Helênio. Após a saída do Tupynambás, o Uberlândia esteve perto de cravar uma goleada; em contra-ataque, Luizinho serviu Diogo Peixoto, que, dentro da área, livre, sem goleiro, finalizou por cima da meta.
Ficha técnica
Tupynambás: Gabriel Bottan; Graffite, Diego Augusto, Sílvio e Bruno; Léo Salino, Allan (Sávio), Vinícius Leonel e Lúcio; Vanger (Jair Arame) e Fabinho Alves. Técnico: Karmino Colombini.
Uberlândia: Rafael; Joazi (Cesinha), Plínio, Tayron e Fábio Alves; Leandro Salino, Jô e Clebinho (Diogo Peixoto); Luizinho, Dija Baiano (Wandinho) e Jhuliam. Técnico: Luzinho Lopes.
Cartões amarelos: Tupynambás: Sílvio (15 minutos do 1º T), Allan (24 minutos do 1º T) e Graffite (43 minutos do 2º T); Uberlândia: Diogo Peixoto (5 minutos do 2º T), Cesinha (17 minutos do 2º T) e Jô (19 minutos do 2º T).
Cartão vermelho: Sílvio (25 minutos do 2ºT).
Arbitragem: André Luis Skettino Policarpo Bento, assistido pelos auxiliares Filipe Ramos de Santana e Samuel Henrique Soares Silva, e o quarto árbitro Hieger Túlio Cardoso.