F1: Brasil de volta? Confira como está a formação do grid para 2025 e 2026
Destaque na F2 é cotado para ganhar oportunidade em equipe; Brasil não tem representante na categoria desde 2017
Com sete rodadas restantes para o final da temporada, a disputa pelo Mundial de Construtores e Pilotos da Fórmula 1 começa a ganhar traços dramáticos. A atual líder do campeonato de equipes é a Red Bull. A diferença para a segunda colocada, McLaren, é de oito pontos. Já na disputa do título de pilotos, o atual líder é Max Verstappen, que tem uma folga maior: a distância para Lando Norris, que ocupa a segunda posição, é de 62 pontos.
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Em meio às disputas dentro das pistas, o mercado de pilotos da categoria também anda animado. Nas últimas semanas, mais um estreante foi confirmado para o próximo ano. Andrea Kimi Antonelli foi colocado no assento que, atualmente, pertence a Lewis Hamilton. Com isso, agora restam dois assentos vagos, mas tudo ainda pode mudar em algumas equipes.
Por exemplo, a vaga de Sergio Pérez ainda é incerta. Mesmo de contrato renovado, seu destino na Red Bull ainda é tratado como uma incógnita. Rumores apontam que, caso os resultados ruins persistam, ele será desligado da equipe.
Atualmente, dois brasileiros seguem na disputa por uma vaga na principal categoria do automobilismo. Gabriel Bortoleto e Felipe Drugovich ainda são candidatos na Sauber. Porém, Drugovich, atual reserva da Aston Martin, é quem corre por fora nesta disputa. Bortoleto, um dos destaques e candidato ao título desta temporada da Fórmula 2, é apontado como um dos principais postulantes a esse cargo, ao lado de Valtteri Bottas.
A Tribuna elencou como está a situação das equipes, com relação aos pilotos, para as temporadas de 2025 e 2026 da Fórmula 1. Vale lembrar que em 2026 a categoria passará por grandes mudanças em seu regulamento técnico e aerodinâmico, o que deve marcar uma nova era na F1. Confira, abaixo, como está a relação de vagas.
Veja como está a situação dos pilotos para os próximos anos
Red Bull
2025: Inicialmente, Max Verstappen e Sergio Pérez são quem devem formar a dupla de pilotos da Red Bull para o próximo ano. Porém, rumores apontam que o destino de Pérez pode ser longe da atual campeã do Mundial de Construtores.
2026: Verstappen e Pérez estão programados para seguir na equipe, porém, além da saída do mexicano, o atual campeão do Mundial de Pilotos da F1 pode ter um destino diferente. Rumores apontam que a Mercedes pode ser o destino do #1 caso a RBR não consiga ter um bom ritmo no decorrer de 2025.
McLaren
2025: Vivendo uma boa fase nesta temporada, a McLaren segue com Lando Norris e Oscar Piastri para a próxima temporada. Ambos têm conseguido resultados sólidos nas últimas corridas, incluindo uma vitória para Piastri e duas para Norris.
2026: Ao que tudo indica, a tendência é que, independentemente dos resultados que forem entregues ao longo de 2025, a papaya deve manter Lando Norris e Oscar Piastri. Atualmente, Norris é visto na equipe como o piloto principal. A depender dos acontecimentos ao longo da próxima temporada, somente uma confusão interna na equipe pode fazer com que essa dupla seja desmanchada.
Ferrari
2025: A Ferrari foi a equipe responsável para que o mercado de pilotos da Fórmula 1 começasse a se movimentar logo cedo. Para fazer dupla com Charles Leclerc, Lewis Hamilton foi contratado. O sete vezes campeão do mundo busca conseguir o seu oitavo título com os italianos.
2026: Leclerc e Hamilton devem seguir na equipe para a primeira temporada da F1 com novo regulamento. Enquanto o monegasco possui vínculo com a equipe ao menos até 2026, o vínculo do britânico vai até 2027.
Porém, uma possível aposentadoria antecipada do #44 após conquistar o Mundial de Pilotos em 2025, semelhante ao que Nico Rosberg fez ao final de 2016, não pode ser descartada. Ainda, uma boa temporada de Oliver Bearman na Haas pode fazer com que as coisas dentro da escuderia de Maranello mudem.
Mercedes
2025: No último dia 30, as flechas de prata confirmaram que Andrea Kimi Antonelli será o companheiro de George Russell em 2025. O jovem é mais um dos estreantes na categoria, ao lado de nomes como Oliver Bearman e Jack Doohan.
2026: Kimi Antonelli deve seguir na equipe para 2026, porém o destino de Russell na equipe ainda é incerto. Seu último ano de contrato com a equipe é 2025. Especulações apontam que Max Verstappen poderia ser o substituto do britânico.
Desde o início do ano, Toto Wolff já havia deixado claro em entrevistas à imprensa que o seu “sonho de consumo” era o holandês. Porém, essa movimentação só deve acontecer em caso de um desempenho ruim da Red Bull em 2025.
Aston Martin
2025: Ainda no início da temporada, a Aston Martin confirmou que Fernando Alonso seguiria na equipe para o próximo ano. Especulações apontam que o novo vínculo com a equipe vai até 2026. Lance Stroll já era considerado como certo para seguir na equipe, já que o time pertence ao seu pai, Lawrence Stroll. Sua permanência foi oficializada em junho deste ano.
2026: Alonso deve seguir na equipe em 2026, podendo fazer a sua última temporada como um piloto de Fórmula 1. Atualmente, as chances de uma aposentadoria após o final da temporada de 2025 é dada como quase nula.
O destino de Lance Stroll na equipe pode ficar ameaçado por causa das ambições de seu pai, Lawrence, em conquistar o Mundial de Pilotos e Construtores. É apontado que o empresário deseja contratar Max Verstappen para a equipe. Uma de suas cartas na manga seria a contratação de Adrian Newey, que é o atual projetista chefe da Red Bull e está de saída da equipe. Assim, a tendência é que Lance deixe a categoria.
Racing Bulls
2025: Até o momento, somente Yuki Tsunoda está confirmado para correr pela Racing Bulls em 2025. Porém, esse cenário pode mudar no caso de uma saída de Pérez da Red Bull, assim o piloto japonês seria alçado ao posto de titular da equipe austríaca.
A vaga que atualmente pertence a Daniel Ricciardo ainda segue em aberta. Além dele, outro candidato para assumir esse posto é Liam Lawson, que se destacou nas corridas em que substituiu Ricciardo em 2023. Em caso de uma promoção de Tsunoda à RBR, Lawson e Ricciardo devem formar dupla.
2026: Até o momento, a Racing Bulls não tem nenhum piloto confirmado para 2026. O contrato de Tsunoda com a equipe vai até 2025 e não deve ser renovado por mais uma temporada. O japonês aguarda uma chance na Red Bull e já expressou publicamente sua insatisfação com a situação que vive atualmente.
Já para a outra vaga, a tendência é que o contratado pela equipe assine um vínculo que garanta uma aparição na primeira temporada com o novo regulamento. Desde as primeiras movimentações no mercado de pilotos, a busca é uma segurança com relação ao tempo de contrato, inclusive esse foi um dos motivos que travou as negociações entre Pérez e RBR por semanas, já que o mexicano queria dois anos e a equipe oferecia apenas um ano de vínculo.
Haas
2025: A Haas é uma das equipes que contarão com novatos para a próxima temporada. Oliver Bearman, que foi um dos destaques no GP da Arábia Saudita deste ano, foi contratado pela equipe americana. Bearman disputa, atualmente, a Fórmula 2.
A dupla do novato será um piloto experiente. Esteban Ocon, que já tinha a saída da Alpine como garantida para o próximo ano, será o nome mais experiente da equipe. A chegada do francês no time é marcada por muita desconfiança.
2026: A equipe tem contrato com Bearman e Ocon até o final de 2026, assim a tendência é que os dois sigam na equipe até lá. Porém, uma boa temporada de Bearman no time americano pode fazer com que ele busque voos maiores, aparecendo como um candidato à vaga na Ferrari.
Alpine
2025: Assim como a Mercedes e Haas, a Alpine aposta em uma dupla formada por um piloto experiente e um novato. Pierre Gasly renovou com a equipe francesa. Já para a vaga de Esteban Ocon, a equipe optou por promover Jack Doohan. Ele é piloto reserva da equipe neste ano.
2026: Gasly deve seguir na equipe para 2026, sendo que este será o seu último ano de contrato com a equipe. Doohan também deve ter sua permanência assegurada. Porém, caso eles sigam apresentando um desempenho abaixo do esperado, ao menos um dos pilotos pode surpreender com uma mudança de equipe.
Williams
2025: Para conseguir voltar a viver dias melhores na F1, a Williams optou por uma dupla que já tem experiência em equipes que exigem muito do piloto. Alexander Albon, que já passou pela Red Bull, e Carlos Sainz, que faz sua última temporada pela Ferrari, foram as escolhas feita por James Vowles, chefe da equipe britânica.
2026: A equipe deve seguir com Alex Albon e Carlos Sainz, sendo que essa dupla já havia sido formada com o foco para 2026. Em meio ao processo de recuperação da equipe inglesa, suas fichas para voltar a lutar pelas primeiras posições justamente daqui a dois anos, quando acontecem as mudanças nos regulamentos técnicos e aerodinâmicos da categoria.
Sauber/Audi
2025: Até o momento, a equipe tem apenas Nico Hulkenberg confirmado para o próximo ano. O alemão deixará a Haas após duas temporadas para se juntar à equipe fundada por Peter Sauber. Já o outro assento na equipe ainda segue indefinido. Gabriel Bortoleto, um dos destaques desta temporada da F2, é considerado um dos grandes candidatos para ocupar a vaga. Além dele, Valtteri Bottas e Mick Schumacher são cotados.
Bottas é o atual piloto da equipe e ainda mira uma renovação de contrato. Já Schumacher, que correu pela última vez na categoria em 2022, é visto com bons olhos pela direção da equipe por causa da sua nacionalidade, já que em 2026 ela passará a carregar o nome de uma marca de carros da Alemanha.
2026: Com a mudança dos regulamentos da F1, a Sauber deixará de existir e será substituída pela Audi. Além do nome, a equipe também utilizará motores fabricados pela montadora. Por se tratar de uma empresa oriunda da Alemanha, uma dupla de pilotos pode ser um grande trunfo da direção para atrair o interesse do país, assim existe a chance de Hulkenberg formar dupla com Mick.
Porém, Bortoleto ainda segue como o principal candidato a ocupar esse assento. O jovem é uma das grandes promessas do automobilismo brasileiro e tem apresentado um grande desenvolvimento e desempenho dentro das pistas.
*estagiário sob a supervisão do editor Gabriel Silva.