Em busca de recuperação
Reviravolta mental pelos primeiros pontos na elite do Campeonato Mineiro de Base. Este foi o cuidado das comissões técnicas dos times sub-15 e sub-17 da Uberabinha/UFJF na preparação durante a semana para medir forças com a Associação Esportiva e Recreativa Usipa, de Ipatinga, nesta manhã, após estreias com derrotas em casa. Os mais jovens iniciam os embates com duelo às 9h. Em seguida, às 11h, é a vez da outra equipe juiz-forana entrar no campo do Estádio Lanari Júnior.
“Estamos tentando trabalhar a parte psicológica dos meninos. É uma competição diferente, mas eles não tinham essa realidade. A maioria é 2001 (ano de nascimento) e estão um pouco acomodados após terem sido campeões da segunda divisão em 2016. Mas caíram na real, porque viram o nível de competitividade. O ser humano precisa ver o que tem pela frente, mas acho que veremos uma mudança de postura. A Usipa é uma equipe muito boa, tem uma estrutura maravilhosa, mas vamos conseguir fazer um grande jogo para tentar neutralizar os pontos fortes deles, explorando nossas características diante de suas deficiências”, avalia o técnico do sub-17, Alex Nascif.
Ao projetar o duelo da segunda rodada, o comandante da equipe sub-15, Thadeu Luiz Rodrigues, também lembrou a estreia, naturalmente afetada pelo nervosismo dos jovens. “Não tivemos uma estreia muito boa, tanto em resultado, quanto na performance. Acredito que a questão psicológica, de ansiedade, nos atrapalhou muito. Sofremos dois gols no início e isso nos dificultou bastante. Mas passou e espero ver um rendimento melhor dos meus atletas. Vai acontecer pelo que viemos fazendo durante a semana. Precisamos de um bom jogo lá para retomar a confiança e quem sabe vencer, porque temos que recuperar os pontos perdidos.”
O que mudou
Em 2016, a Uberabinha/UFJF, equipe do projeto de extensão de futebol da UFJF, foi campeã geral da segunda divisão mineira. O título, contudo, rendeu uma necessidade de renovação no elenco mais velho. “Houve muitas mudanças. Perdemos atletas 99 (1999) que foram destaques do ano passado. Alguns estão no profissional do Tupynambás e não conseguimos manter os principais do 00 (ano 2000) sobretudo pela questão financeira. Nosso projeto não tem muitos recursos, então não conseguimos segurar atletas que são de outra cidade, um jogador foi para o CRB, outro teve que trabalhar. Conseguimos captar alguns jovens, mas a questão financeira nos impede muito. Se tivéssemos uma condição mínima de transporte, teríamos atletas de Lima Duarte, Ewbank, Matias Barbosa, enfim, cidades vizinhas”, revela Nascif.
Hoje, o projeto conta com cerca de 30 atletas em cada categoria. A Associação Esportiva Uberabinha auxilia na captação de patrocinadores, enquanto a UFJF disponibiliza o transporte para os jogos, além da estrutura dos treinamentos e profissionais envolvidos.