JF vira capital do leite até quinta
Evento reúne 400 produtos, 134 expositores e 12 mil visitantes
Queijo com morango, queijo maturado em folha de cebolinha, queijos de sabores e formatos distintos que contam histórias, como a da Estrada Real. Mantendo a tradição, a Exposição de Produtos Lácteos (Expolac) foi um dos locais mais concorridos do Minas Láctea, que abriu, nesta terça-feira (16), a edição 2019, com a perspectiva de reunir 12 mil pessoas e movimentar mais de R$ 200 milhões em negócios. O evento, promovido pela Epamig, acontece até quinta-feira (18) no Expominas e no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT). A abertura oficial aconteceu às 19h, com a presença de autoridades e lideranças empresariais e políticas da cidade e do estado.
Este ano, mais de 90 empresas de várias partes do país expõem mais de 400 produtos na Expolac, vitrine nacional para apresentação de produtos derivados do leite. Conforme o coordenador Nelson Tenchini, o número de participantes é recorde. “Tem muito queijo interessante. As empresas estão trabalhando para trazer novidades para o consumidor.” Segundo ele, além dos sabores e da inovação, os produtos retratam histórias, resgatando tradições. “É muito interessante essa abordagem das empresas. Na realidade, o consumidor compra uma história. Aliada ao sabor e à qualidade, o produto fica perfeito.”
Além dos queijos, os visitantes podem conferir uma infinidade de doces, bebidas lácteas, iogurtes e produtos inovadores, que ainda serão lançados ao mercado consumidor, alguns deles oferecidos à degustação. Mantendo a experiência bem-sucedida da última edição, o evento também conta com cursos, harmonizações com bebidas como vinhos e cachaça, além de degustações comentadas. As inscrições são abertas meia hora antes do evento, e a entrada é franca, com limite de 40 participantes. No espaço, há, ainda, dez estandes exclusivos, com apresentação de produtos, como café, pão e cerveja.
Parte dos produtos expostos está sendo avaliada pela comissão julgadora do Concurso Nacional de Produtos Lácteos. O júri começou a análise nesta terça, e a votação segue nesta quarta-feira. Os laticínios participantes disputam o prêmio de melhor produto do Brasil em onze categorias: doce de leite, requeijão, manteiga, destaque especial, queijos gorgonzola, minas padrão, prato, reino, gouda, parmesão e provolone. Os vencedores serão anunciados na quinta (18), durante o encerramento do evento.
Negócios
Também comemorando o aumento no número de empresas participantes – 134 este ano contra 118 na edição anterior -, o coordenador de negócios do Minas Láctea, Antônio Nunes, comenta que também houve incremento no total de produtos e serviços oferecidos na Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq). Além da representatividade de dez estados, a Expomaq apresenta tecnologia americana, alemã, argentina, italiana e francesa.
Nunes identifica a preocupação da indústria com o pequeno produtor, deixando a tecnologia de grande porte mais acessível e portátil. Além disso, a mudança de hábito do consumidor final, a exigência de produtos com melhor qualidade e o maior conhecimento acerca de questões, como sustentabilidade e segurança alimentar, avalia, têm estimulado o setor a investir no atendimento a demandas, como as de vigilância e saúde.
Produto promete aumentar capacidade cerebral
Nunes cita, ainda, as máquinas que apresentam ganho de tempo e redução de gasto de energia na casa de 15% a 20%, uma nova família de embalagens, que, além de durabilidade e eficiência, são 100% recicláveis, além de insumos voltados para a saúde do consumidor. Ele cita um produto cuja promessa é que a ingestão possa aumentar o foco, estimulando a capacitação cerebral. “A diversificação vai além do que a gente acha que a tecnologia de leite poderia chegar e nos dá aval mostrando que o leite ainda é uma cadeia muito vasta para a pesquisa e o ensino.” O coordenador de negócios identifica o aquecimento do mercado e a disposição de a indústria laticinista acompanhar as novas normativas e se adaptar para alcançar uma produção mais eficaz e ecologicamente mais correta.
Parte científica
Com o tema “70 anos da Semana do Laticinista: ciência, tecnologia e inovação em lácteos”, o 32º Congresso Nacional de Laticínios (CNL) é composto por palestras: três palestras magnas e onze minicursos, além da exposição de pôsteres. As atividades, destinadas a participantes previamente inscritos, estão sendo realizadas no ILCT, também até o dia 18, das 8h às 12h.
De acordo com o coordenador científico do evento, Luiz Carlos Gonçalves, o CNL e a Semana do Laticinista são uma oportunidade para a interação e a atualização de pesquisadores, profissionais e estudantes que integram a cadeia de lácteos. “O evento é um momento especial de aprendizado e uma oportunidade para os laticinistas trocarem ideias, experiências e conhecerem novas tecnologias e tendências.” A programação completa pode ser conferida no site www.minaslactea.com.br.
Tópicos: negócios