17º Prêmio Amigo do Patrimônio divulga 12 contemplados
Iniciativas vencedoras são anunciadas no Dia Nacional do Patrimônio Histórico, mas solenidade de entrega do prêmio acontece somente em 16 de setembro
Nesta quarta-feira (17) comemora-se o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, e a organização da 17ª edição do Prêmio Amigo do Patrimônio escolheu esta data para divulgar as 12 iniciativas de pessoas físicas e jurídicas contempladas por ações de defesa, conservação e divulgação do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora. Outras quatro ações vão receber menções honrosas como incentivo para a continuidade dos trabalhos desenvolvidos.
A solenidade de entrega do prêmio e das menções honrosas, entretanto, está agendada para 16 de setembro, no Teatro Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Gilberto de Alencar, atrás da Igreja São Sebastião, no Centro.
Nesta edição, foram registradas 47 indicações ao prêmio, sendo dez em duplicidade ou ações já contempladas em edições anteriores. Houve prevalência de indicação de pessoas físicas que militam na área de patrimônio e memória, de forma institucional ou individual, inclusive com trabalho voluntário.
O Prêmio Amigo do Patrimônio é promovido anualmente pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), com organização da Funalfa, por meio do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (Dmpac).
Confira os premiados:
1. Centro de Conservação da Memória (Cecom-UFJF) e um de seus projetos de educação patrimonial, o Podcast Podkids, em reconhecimento ao ineditismo da ação de educação patrimonial na cidade e os diversos projetos voltados para a memória local.
2. Coletivo Vozes da Rua pelo trabalho de Adenilde Petrina e diversos artistas com trabalhos relevantes como a Rádio Mega FM, o Slam da Perifa, ações de hip-hop e a valorização das memórias ancestrais para além do Bairro Santa Cândida.
3. Dona Marília e sua residência, em reconhecimento à transformação de sua casa em museu e a abertura do espaço à comunidade (Rua Adailton Garcia 77 – Bairro JK).
4. Instituto Histórico Geográfico de Juiz de Fora (IHGJF), em reconhecimento às ações atuais de abertura e divulgação para a comunidade, bem como a diversificação de seus membros.
5. Washington Londres pelo resgate da memória da imigração judaica e o esforço pela compilação da Biblioteca Hebraica, contendo o segundo maior acervo bibliográfico de Minas, promovendo a visibilização da cultura judaica.
6. Sil Andrade e o projeto Recuo da Bossa, pela valorização da arte de rua e por sua militância em prol da cultura na cidade.
7. Mestre Jô, um dos mestres do saber mais antigos em atividade, símbolo da resistência negra, através de seu conhecimento como mestre de Capoeira e engajamento na divulgação dessa cultura ancestral.
8. Conceição Aparecida Chula Martins, a Conceição de Oyá, pelos 65 anos de dedicação e muita caridade à frente da Tenda Espírita Casa dos Orixás, sendo reconhecida pela comunidade da umbanda como espelho de dignidade, lealdade e comprometimento com a religião.
9. Heliane Henriques Cazarin, em reconhecimento à sua dedicação ao patrimônio documental na Biblioteca Municipal Murilo Mendes. Servidora aposentada, ela permanece atuando no local de forma voluntária.
10. Inaína dos Santos Germanos, em reconhecimento a sua atuação no Bairro Santa Rita à frente da preservação de uma mina d’água, localizada no Bairro Nossa Senhora Aparecida, enquanto lugar de memória para a comunidade. A ação foi recomendada para estudo do DMPAC de indicação a registro e tombamento.
11. Fabrício da Silva Fernandes, em reconhecimento pela atuação do historiador em prol da preservação do patrimônio na cidade, sendo ele um dos principais articuladores do Fundo Municipal do Patrimônio.
12. Centro Espírita Santo Antônio de Umbanda (Pé de Ferro), em reconhecimento como um dos mais antigos centros em atuação na cidade. Mantém as tradições da umbanda, preserva a memória e representa a cultura ancestral em Juiz de Fora.
Menções honrosas
1. Neli de Aquino, pela ação voluntária de recuperação da memória do bairro Mariano Procópio e seus antigos moradores .
2. Colorindo o Bem – Edição Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, através da iniciativa de Leonardo Alves, como reconhecimento e incentivo à execução da ação.
3. Mocidade Independente do Progresso, em reconhecimento à diversidade de ações de valorização da cultura do samba.
4. Associação Cultural e Recreativa Brasil-Alemanha, em reconhecimento à diversidade de ações de valorização da cultura alemã.