Perspectiva: juiz-foranos projetam 2025
A Tribuna foi às ruas de Juiz de Fora ouvir o que você, leitor, espera para 2025
Com o início de um novo ano, a Tribuna foi às ruas de Juiz de Fora para ouvir a população sobre suas expectativas com a seguinte pergunta: “O que você gostaria de ver na capa da Tribuna de Minas em 2025?” As vozes plurais das pessoas que circulavam pela região central da cidade se uniram em um coro de esperança e solidariedade.
As entrevistas revelam um misto de esperança e preocupação. Se, por um lado, há o desejo por um ambiente mais fraterno e harmonioso, por outro, questões como infraestrutura urbana e a recuperação da economia local se mostram como prioridades para a construção de um 2025 mais próspero e promissor.
As falas, no entanto, mostram um ponto em comum dos cidadãos: a fraternidade. Seja desejando que o outro possa estar empregado ou que seja feliz, o juiz-forano pediu não para si, mas para o próximo.
‘Com amor, se conquista tudo’
O porteiro Sebastião dos Santos, de 59 anos, refletiu sobre a necessidade de mais amor e compreensão entre as pessoas. “Quero que todos sejam felizes. Ultimamente, o ser humano não está mais gostando do outro ser humano, está tendo muita briga, muita discussão… Eu queria que ano que vem a gente pensasse diferente”, compartilha. Ele também enfatizou a importância do diálogo e da tolerância em um mundo dividido. “Com amor, se conquista tudo. Para isso, temos que compartilhar com a próxima pessoa, não discutir, conversar. Normalmente, o outro já vem conversar com ignorância e aí você tem que agir sem ignorância, para que o outro veja a mudança em você e mude também (o comportamento).”
‘Uma cidade mais bonita, mais tranquila’
O desejo por uma cidade mais agradável, funcional e bem estruturada também ecoa nas falas dos entrevistados. João Vitor Fonseca, estilista de 26 anos, expressa seu carinho por Juiz de Fora e a crença em seu potencial: “Eu gosto muito de Juiz de Fora, eu acho que aqui tem a capacidade de ser uma cidade tão boa para qualquer pessoa que venha morar aqui, sejam estudantes de passagem, sejam idosos que envelheceram aqui, a cidade tem muito a oferecer.” Ele também refletiu sobre o que gostaria de ver na cidade. “Já tem muita melhoria na cidade, mas gostaria de ver ainda mais. Uma cidade mais bonita, mais tranquila.”
O desejo de João, de 26 anos, vai ao encontro de Maria de Lourdes, empregada doméstica nascida e criada no Bairro Santa Terezinha. Ela, por sua vez, foca em melhorias práticas e urgentes. “Eu gostaria de ver ruas melhores, nós vemos muitas ruas esburacadas, furadas, precisando de arrumar. Gostaria de ver melhorias para que a cidade continue boa”, disse, também falando sobre a saúde. “O posto tem médico, mas quando chega sábado, não tem mais. Gostaria de ver melhorias gerais na cidade. Você anda na rua, você vê as ruas esburacadas, gente caindo nos buracos. São coisas que nós precisamos.”
‘Como se fosse uma alavanca, vamos puxando e todos vão se estabelecendo’
A situação econômica e a geração de empregos também são pontos cruciais nas expectativas para 2025, não necessariamente para si, mas, sim, para os outros. A professora Luciana Francis Ferreira, de 49 anos, destaca a importância da diminuição do desemprego para o impacto positivo na vida das pessoas. Para ela, “a partir do momento que impacta a vida das outras pessoas, a gente vai vendo mais familiares empregados, isso gera uma melhoria e um bem-estar geral.”
Ana Carolina, empresária de 26 anos, compartilha da esperança de um crescimento econômico que beneficie a todos, expresso por meio do seu desejo de “um aumento, uma melhora na economia de Juiz de Fora”. Ela contou à nossa redação que tem contato com muitas pessoas impactadas negativamente com a economia, com o emprego, e que acredita que eles precisam desse impacto positivo no momento. “Espero de verdade que nossa economia melhore, que nós tenhamos mais empregos, que o setor imobiliário da região cresça”, disse, completando que, por ser empreendedora do ramo de regularização de imóveis, acredita que um avanço da economia impactaria de forma muito positiva. “Como se fosse uma alavanca, vamos puxando e todos vão se estabelecendo. Eu vejo muitas pessoas impactadas negativamente com a economia, com o emprego, eu acredito que eles precisam desse impacto positivo neste momento.”