Manifestantes denunciam supostos assédios morais no Demlurb
Protesto, no pátio do Departamento de Limpeza Urbana, contou com faixas e carro de som; ônibus foram impedidos de sair
Atualizada às 17h03
Supostos assédios morais vivenciados por funcionários do Demlurb (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) foram denunciados em manifestação, na manhã desta terça-feira (20), organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu-JF). O ato, no pátio do Demlurb, na Vila Ideal, Zona Sudeste, contou com faixas de protesto e carro de som. Além disso, “ônibus ruins, sem banheiro e com ferramentas dentro”, que fariam o transporte inadequado dos trabalhadores, foram impedidos de sair do local.
De acordo com o sindicato, há péssimas condições de trabalho, e a categoria estaria adoecendo em função de um ambiente de trabalho opressivo. Para o Sinserpu-JF, os problemas são agravados “pela falta de diálogo com a Administração Municipal”, diante de “repetidos casos de assédio moral, que criam um clima tenso e angustiante, sem respostas satisfatórias”.
“O Demlurb está na UTI, e precisamos tirá-lo de lá, com a ajuda de todos. O ato é para dar voz aos servidores que sofrem com a situação”, dispara a presidente do sindicato, Deise Medeiros. Funcionário do Departamento e diretor Social, de Raça e Gênero do Sinserpu-JF, Adenilson Reginaldo, o “Zé Neguinho”, pediu aos servidores para denunciarem qualquer situação de assédio ou irregularidade, garantindo o apoio da entidade.
“O sindicato fala e busca contato com os gestores municipais e não tem retorno, vira um monólogo então. Eles não respondem às nossas indignações diárias”, afirma Deise Medeiros. Segundo ela, há cerca de um mês foram enviados dois ofícios à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), pedindo explicações sobre as condições de trabalho dos servidores, e não houve resposta.
Demlurb afirma não haver registro de assédio
A Tribuna entrou em contato com a assessoria da PJF questionando a situação de assédio denunciada. Em nota sobre a manifestação realizada nesta terça, o Demlurb afirma reconhecer o direito legítimo de representação dos trabalhadores e informa que não há qualquer registro formalizado sobre supostas situações de assédio. “Reforçamos ainda que, em todas as atividades desenvolvidas pelo Demlurb, o Departamento prima por observar estritamente todos os direitos trabalhistas e condições legais aplicáveis.”