Há dois anos, JF adotava primeiras medidas restritivas contra o coronavírus

De março de 2020 para cá, cenário epidemiológico teve mudanças, enfrentando seu pior momento em abril do ano passado; VEJA FOTOS


Por Carolina Leonel

20/03/2022 às 07h00

Há dois anos, Juiz de Fora adotava as primeiras medidas restritivas em relação ao coronavírus. Naquele momento, a noção de pandemia ainda nos era alheia, mas as restrições iniciais se impuseram diante da confirmação, em 14 de março de 2020, do primeiro caso de Covid-19 na cidade: um homem, de 65 anos, residente na cidade, com histórico de viagem para Nova Iorque. De lá pra cá, Juiz de Fora viu o cenário epidemiológico passar por altos e baixos, enfrentando seu pior momento em abril do ano passado – quando hospitais chegaram ao esgotamento de leitos destinados ao tratamento de pacientes com a doença e 333 moradores morreram vítimas da doença em 30 dias.

Atualmente, o cenário é outro. Apesar de ainda estarmos em uma pandemia, em que o número de novos casos e óbitos diários ainda é motivo de alerta para especialistas e autoridades em saúde, a situação é menos alarmante. Com um ano recém completado em janeiro, a campanha de vacinação avançou em Juiz de Fora e é apontada como o principal fator para a diminuição do número de falecimentos e internações decorrentes da Covid-19. Levantamento recente realizado pela Tribuna, com base nas informações disponibilizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), mostra que a evolução da imunização na cidade, principalmente após o aumento de segundas doses aplicadas, está diretamente relacionada à diminuição de tais índices.

Em dois anos de pandemia, Juiz de Fora contabilizou quase 65 mil casos confirmados. No mesmo período, foram 2.239 óbitos pela Covid-19, conforme última atualização da PJF. Após um recrudescimento, em janeiro, dos índices de internação, a cidade voltou a ver, este mês, a diminuição do número de internados em leitos Covid. Até a última sexta-feira (18), 17 ocupavam leitos intensivos e 23, leitos de enfermaria, totalizando 40 hospitalizações. Em seu pior momento, o município registrou mais de 600 internações simultâneas de pacientes com coronavírus.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Juiz de Fora adotou diferentes ações de enfrentamento à Covid-19, desde orientação para reforço dos cuidados básicos e individuais até o fechamento de atividades de diversos setores econômicos, em momentos distintos. No cenário mais grave da doença no município, a cidade também passou pelo lockdown. Em janeiro de 2021, finalmente, a vacinação teve início e o imunizante, recém-aprovado para ser aplicado no país, trazia esperança e promessa da melhora do cenário epidemiológico.

O ano passado, portanto, foi marcado pelo processo de operacionalização da imunização que, incialmente, caminhou a passos lentos, devido à escassez de doses no país – a princípio, restritas a grupos prioritários. Cerca de um ano depois, entretanto, a cidade avança e chega à etapa de vacinação do público infantil.

Relembre, por meio das fotos abaixo, os fatos marcantes dos dois anos de pandemia em Juiz de Fora:

01---fernando-priamo 02---COLETIVA-COM-O-PREFEITO-ANTÔNIO-ALMAS-E-REPRESENTANTES-DA-SAÚDE---fernando-priamo 03---Circulação-de-pessoas-diminui---Fernando-Priamo 04-uso-de-máscaras-obrigatório---fernando-priamo 05-rodoviária-vazia-em-junho-de-2020---fernando-priamo 06---desrespeito-ao-uso-da-máscara-e-ônibus-lotados---fernando-priamo 07---profissionais-da-saúde-cansados---fernando-priamo 08-Chegada-da-Vacina-19.01 09-Primeira-Vacina-Covid-JF-Leonardo-Costa--20.01 10-ato-dos-rodoviários-por-vacina-em-abril-de-2021---fernando-priamo- 11---Fila-Vacina-RU-centro---fernando-priamo-(6) 12---Vacinação-Educação-Sport---fernando-priamo-(10) 13-Volta-aulas-E.M.Pres 14---Volta-às-aulas---fernando-priamo-(10) 15---1º-vacinado-criança---Heitor-19.01 16-libera-uso-de-Máscaras-locais-abertos-07.03
<
>
3 de novembro de 2020 - Tribuna flagra desrespeito ao decreto do uso obrigatório de máscaras e ônibus lotados pelas ruas da cidade (Foto: Fernando Priamo)

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.