Técnico de enfermagem é indiciado por caso de estudante que ficou em estado vegetativo após cirurgia

Investigação aponta que paciente ficou cerca de 17 minutos sem atendimento adequado após procedimento


Por Mariana Souza*

18/08/2025 às 17h27- Atualizada 18/08/2025 às 18h17

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou um técnico de enfermagem por lesão corporal culposa no caso da farmacêutica e estudante de Medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, que sofreu uma parada cardiorrespiratória depois de uma cirurgia ortognática, em março de 2023. Após o procedimento, a paciente ficou em estado vegetativo.

Segundo a investigação, Larissa foi submetida à cirurgia para corrigir um problema de mordida. Após o procedimento, ela sofreu a parada cardíaca em um intervalo de aproximadamente 17 minutos em que esteve sob a responsabilidade do profissional indiciado, enquanto era conduzida ao quarto no elevador. Nesse período, a paciente não teria recebido a atenção e as intervenções adequadas, o que contribuiu diretamente para o agravamento de seu quadro clínico.

Ao chegar ao quarto, outro profissional de saúde percebeu a situação e iniciou imediatamente os procedimentos de reanimação. Larissa recuperou a consciência, mas sofreu sequelas neurológicas graves atribuídas ao tempo prolongado da parada cardiorrespiratória.

O técnico de enfermagem foi indiciado por lesão corporal culposa, com aumento de pena em razão da inobservância de regra técnica de profissão. A Polícia Civil afirma que o IML de Belo Horizonte analisou todos os documentos médicos da paciente e não apontou a existência de erro médico.

Larissa permaneceu internada em estado vegetativo até 15 de março de 2024, quando a família conseguiu, por meio de uma decisão liminar, que ela passasse a receber tratamento domiciliar por meio de Home Care.

Tópicos: polícia civil

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