Estrangeiros do JF Vôlei exaltam o Brasil e projetam temporada vitoriosa
Rajé Alleyne e Gaspar Bitar terão sua primeira experiência no país

Dos 15 jogadores do elenco do JF Vôlei para a disputa do Campeonato Mineiro e da Superliga, dois chamam a atenção: o levantador argentino Gaspar Bitar e o oposto barbadiano Rajé Alleyne. Os atletas são os únicos estrangeiros que o técnico André Silva tem à disposição, e são duas das grandes apostas para que o time consiga alcançar os objetivos da temporada.
Gaspar Bitar, de 29 anos, é natural de Buenos Aires. O levantador, de 1,83m foi revelado pelo Club Italiano, da Argentina, e possui experiência no voleibol argentino, espanhol e da República Tcheca, onde atuou na última temporada pelo Jihostroj České Budějovice. Além disso, o levantador também foi campeão mundial sub-23, bicampeão argentino e eleito o melhor da posição no Sul-Americano de Clubes, em 2023, quando jogava pelo Ciudad Voley.
Já o oposto Rajé Alleyne, de 23 anos e 1,98m, é natural de Bridgetown, capital de Barbados. Seu primeiro clube profissional foi o Quincy University, em Illinois, nos Estados Unidos, onde jogou de 2021 a 2023. Na temporada seguinte, 2023/24, o oposto se transferiu para o Foundation United, de Barbados. Por fim, em 2024/25, o atleta jogou pelo Ball State University, de Indiana, nos Estados Unidos.
Inspiração no vôlei brasileiro
O Brasil é uma das principais forças do voleibol mundial. Ao todo, o país já conquistou, nos Jogos Olímpicos, seis medalhas no masculino, sendo três de ouro — 1992, 2004 e 2016 — e três de prata — 1984, 2008 e 2021 — e seis no feminino, duas de ouro — 2008 e 2012 —, uma de prata — 2020 — e três de bronze — 1996, 2000 e 2024. Por conta deste retrospecto vitorioso, tanto Alleyne quanto Bitar se dizem admiradores da modalidade praticada em terras tupiniquins.
“Acompanho o voleibol brasileiro há muito tempo. Conheço os jogadores da seleção, como Bruninho, Wallace, e Douglas Souza. Os acompanhei em diversos campeonatos olímpicos. Também conheço o Sada Cruzeiro, que será nosso adversário, também os acompanhei”, relata o oposto barbadino.
Já Bitar conta que acompanha o voleibol brasileiro e que considera a brasileira uma das principais ligas do mundo. “Tive muitas oportunidades de jogar sul-americanos aqui no Brasil, de jogar contra a seleção brasileira de base em toda a minha carreira. Para mim, é muito importante estar aqui nesta temporada, porque tenho muito respeito pelo vôlei brasileiro”, afirma o levantador. O argentino revela que sua maior inspiração no vôlei é Ricardinho, levantador campeão olímpico em 2004.
Experiência pode ser trunfo
Para Bitar, as equipes brasileiras são muito bem preparadas fisicamente, o que lhes permite resistir a um maior volume de jogos e partidas mais longas. “Considero que os treinadores argentinos e brasileiros são os melhores e que suas equipes jogam vôlei muito bem. São fortes no bloqueio, no saque, na defesa, no ataque”, analisa o argentino.
Graças ao conhecimento de como as equipes brasileiras jogam durante os enfrentamentos, Bitar entende que sua experiência prévia pode ser uma vantagem para o JF Vôlei nas partidas. “Considero que posso aportar atributos que tenho. Pela minha personalidade, pelo meu jogo e por meu respeito para eles, posso ajudar muito ao lado desse time. Acho que será uma linda temporada, porque os garotos são todos grandes jogadores e grandes pessoas”, avalia o levantador.
Idioma é desafio
Argentino, Bitar possui mais familiaridade com o português. Mas o barbadiano Alleyne tem como idioma nativo o inglês. O oposto afirma que a língua está sendo um grande desafio a ser superado. “É muito desafiante aprender português, mas eu estudo e meus companheiros estão mais do que felizes em me ajudar. Há alguns falantes de inglês, então eles podem me ajudar a traduzir o que está sendo dito. Isso ajuda muito e sinto que estou fazendo algum progresso”, afirma.
“Quando o André (Silva) diz ‘troca’, eu não entendo, porque não sei o que é ‘troca’. Outras coisas eu entendo, às vezes, outras não. O português é uma língua muito rápida, então é difícil de aprender, e acho que todo mundo tem um jeito diferente de dizer as mesmas palavras”, complementa Alleyne, referindo-se aos sotaques de seus companheiros de JF Vôlei.
Origens diferentes, objetivos em comum
Dentro do JF Vôlei, o idioma é só um, independentemente da origem dos atletas. “Quero fazer o melhor possível, assim como todos aqui. Meu objetivo e o do time é ter uma temporada de sucesso”, diz Alleyne. Bitar projeta que a equipe pode chegar aos playoffs. “Que tenhamos o melhor desempenho nessa temporada. E depois os objetivos individuais vêm se o coletivo se sair bem”, almeja.
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