Polícia Civil conclui investigações sobre latrocínio ocorrido em Juiz de Fora
Delegacia Especializada de Repressão a Roubos detalhou apurações de outros dois casos na cidade
A Polícia Civil realizou coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (12) para informar sobre a conclusão das investigações de um caso de latrocínio ocorrido em 2016 e de duas tentativas do mesmo crime, uma registrada em 2020 e a outra este ano.
O caso mais recente ocorreu na madrugada do dia 27 de abril de 2021, quando a casa de um médico foi invadida por uma dupla. De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Rogério Woyame, a ação foi uma das que mais chamou a atenção nos últimos tempos. Ele conta que foi preciso analisar as imagens de vários circuitos de câmeras da região para identificar um dos envolvidos. Um homem de 37 anos foi preso. “Por meio dessas imagens percebemos que os autores não fizeram o planejamento do crime. As câmeras mostram que eles passavam pelas ruas tentando abrir carros e em busca também de alguma residência na qual pudessem entrar.”
Durante o depoimento, o infrator explicou que sabia que um médico residia no imóvel e imaginou que ele tivesse dinheiro. O suspeito fazia uso de drogas e chamou outro usuário para a prática do ilícito. “Eles pularam um muro de uma residência, onde um cachorro latiu e fez com que eles pulassem para outra casa e acessassem o imóvel do médico. A porta da varanda estava aberta, o médico acordou, estava com sono ainda. Quando se deparou com uma pessoa estranha em casa, ele imaginou que era uma pessoa assaltando o filho dele. Partiu para cima.”
O homem que confessou a participação no crime chegou a efetuar dois disparos com a arma de fogo que tinha. Um deles atingiu o abdômen do médico e o outro pegou na parede. “Ele disse que só não efetuou mais disparos, porque a arma falhou, se dependesse dele, teria feito mais”, narrou o delegado sobre a crueldade do responsável pela tentativa de latrocínio. O homem ainda agrediu não só a vítima baleada, mas também a esposa dele que estava em casa. Depois, os suspeitos fugiram pulando os muros novamente. Nesse caso, a Polícia Civil ainda trabalha para identificar e prender o segundo envolvido, sobre o qual o comparsa se recusou a falar.
Crime no Santa Cruz
O latrocínio consumado ocorreu no dia 28 de janeiro de 2020, no Bairro Santa Cruz, Zona Norte. Um homem de 31 anos matou esganada a própria tia, uma mulher de 79 anos, após roubá-la para ter recursos para comprar drogas. Os policiais investigaram, encontraram outras testemunhas e provas de que o sobrinho é o responsável pelo crime. Nessa situação, o suspeito foi preso em decorrência de mandado judicial expedido em função do latrocínio.
O terceiro caso elucidado pela Especializada é de uma desavença ocorrida em dezembro de 2016, no Bairro Dias Tavares, Zona Norte. Um jovem de 20 anos estava andando pelas ruas do bairro, de madrugada, quando foi abordado pelo autor, um homem de 27 anos, com quem já tinha desentendimentos. O infrator exigiu o celular, a vítima demorou a entregar, largou o aparelho e correu, mas foi atingida por quatro disparos de arma de fogo. O rapaz sobreviveu, recuperou-se e identificou o suspeito, que foi preso pelo crime.
Denúncias
Woyame reforçou a importância das denúncias para ajudar a identificar informações que colaborem na resolução dos casos. “Toda informação séria que é repassada para a polícia é válida. Elas podem fazer com que uma investigação dure até metade do tempo ou menos. É importante que a população participe.” Ele ainda reforça que denúncias presenciais também podem ser feitas na Delegacia Regional. A preservação da identidade é garantida. Os dados colhidos nesses relatos são confrontados com as apurações em andamento e podem ser importantes para que os policiais possam chegar aos suspeitos.