Polícia Federal faz buscas e tenta prender suspeitos de espionagem ilegal e fake news em JF

 Operação “Última Milha” tem nova fase deflagrada, envolvendo suspeita de uso indevido dos sistemas da Abin


Por Tribuna

11/07/2024 às 11h39- Atualizada 11/07/2024 às 12h05

A Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação ‘Última Milha’ nesta quinta-feira (11), concentrando suas ações em moradores de Juiz de Fora suspeitos de integrar um grupo criminoso. O grupo é acusado de realizar monitoramento ilegal de autoridades públicas e produzir notícias falsas utilizando sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com informações da PF, foram emitidos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, abrangendo as cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fases anteriores e novas descobertas

Na fase anterior da operação, iniciada em janeiro de 2023, um policial federal mineiro, residente em Juiz de Fora e que trabalhava em São João del Rei, foi um dos alvos.

Segundo investigadores da PF, “membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.

O grupo também teria acessado de forma ilícita computadores, aparelhos de telefonia e infraestruturas de telecomunicações para monitorar indivíduos e agentes públicos.

Embora a PF não tenha divulgado os nomes dos suspeitos, a TV Globo apurou que os alvos incluem ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores digitais, que atuavam no conhecido “gabinete do ódio” – uma estrutura no Palácio do Planalto destinada à disseminação de notícias falsas e ataques à democracia.

Se confirmados os crimes, os investigados poderão responder por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivos informáticos.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.