Mais vegetais e leguminosas no cardápio podem afastar o diabetes tipo 2, diz estudo
Pesquisa internacional associa diversidade de vegetais e proteínas vegetais a menor incidência da doença

Incluir mais variedade de vegetais no cardápio diário pode ajudar a diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2, segundo pesquisa publicada em junho no International Journal of Epidemiology. O estudo envolveu pesquisadores de universidades do Canadá, Alemanha, Itália, Espanha e outros países, que analisaram dados de 23.649 pessoas acompanhadas por quase 10 anos no projeto EPIC-InterAct.
Os resultados indicam que o consumo diário de quatro a cinco vegetais diferentes — variando entre frutas, tubérculos, folhas e outras hortaliças —, aliado à ingestão de diversas fontes de proteína vegetal, como leguminosas (feijões, ervilha, grão-de-bico, soja), castanhas e sementes, está associado a menor incidência de diabetes tipo 2.
Embora os autores reconheçam limitações no método, baseado em questionários, outras pesquisas já demonstraram que aumentar a ingestão de vegetais e reduzir produtos de origem animal contribui para a saúde. Entre os fatores apontados, está o maior consumo de fibras, que ajudam a estabilizar os níveis de glicose no sangue. Cardápios mais vegetais também costumam ter menos gordura saturada, nutriente que, em excesso, pode favorecer a resistência à insulina.
Diversidade no cardápio
Para especialistas, a prevenção passa por um padrão alimentar equilibrado. A nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabetes, reforça que não há “alimento milagroso”, mas escolhas saudáveis no dia a dia. Já a endocrinologista Cláudia Schimidt, do Hospital Israelita Albert Einstein, recomenda incluir mais cores e variedades no prato para garantir maior oferta de vitaminas, minerais e compostos antioxidantes e anti-inflamatórios.
O estudo também chama atenção para o risco da monotonia alimentar, comum com a padronização global da dieta e a presença frequente de produtos industrializados. A orientação é aproveitar a biodiversidade brasileira, adquirindo alimentos nativos de pequenos produtores e priorizando itens da safra, que costumam ser mais frescos, saborosos e acessíveis.
Planejamento e prática
Trocar ingredientes é uma das estratégias para variar o cardápio. Na salada, por exemplo, substituir a alface por outras folhas; no feijão com arroz, alternar entre tipos de grãos, como preto, carioca, vermelho, rosinha ou lentilha. Ervas e especiarias também ajudam a diversificar sabores.
Além da alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos é fundamental para controlar a insulina e auxiliar no peso corporal. A recomendação é acumular pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, escolhendo a modalidade mais adequada à rotina de cada pessoa.
*Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe
Tópicos: alimentação / dieta / saúde