Santa Casa em JF: Nova portaria oferece maior acessibilidade e segurança
PUBLIEDITORIAL
Inaugurada recentemente, portaria da Santa Casa possui tecnologia de reconhecimento facial; projeto é assinado pela Arto Arquitetura
Um espaço acolhedor que seja a extensão do ser humano. Com esse propósito, a Santa Casa em JF aprimorou seu principal acesso. Sendo a humanização um dos seus pilares, a instituição busca dar ao ser humano sua devida importância e proporciona um ambiente que estimule sua recuperação. Esse sempre será seu principal objetivo.
A nova portaria, inaugurada recentemente, possibilita a acessibilidade e a melhoria do fluxo de pessoas. Além disso, a tecnologia de reconhecimento facial reforça a segurança do lugar. Projetos de arquitetura e de design de interiores precisam sim levar em consideração a vida das pessoas, não sendo, portanto, apenas uma questão estética, mas essencial à saúde pública. No Hospital Santa Casa, o paciente assume a persona de hóspede, e toda a estrutura converge para sua recuperação.
“A nossa preocupação em atender de forma profissional e humanizada os pacientes que procuram a Santa Casa nos levou a desenvolver esse arrojado projeto da nova portaria. Hoje temos certeza de que pacientes, acompanhantes e colaboradores podem contar com o que há de mais moderno em arquitetura hospitalar, reunindo conforto, segurança e acolhimento”, destaca Dr. Renato Loures, médico Presidente da Santa Casa em JF.
Para isso, a entidade lançou mão de quem tem know-how. A nova portaria e todo o projeto de inovação é assinado pela arquiteta sócia-fundadora da ARTO Arquitetura e Saúde, Moema Loures. “Quando precisamos de ir a um hospital, nos sentimos mais vulneráveis. Por vários motivos. É neste momento de fragilidade que um ambiente familiar, numa atmosfera acolhedora, traz a sensação, ainda que inconsciente, de que seremos bem tratados e, portanto, curados”, ressalta.
O planejamento foi iniciado em 2017. Em períodos de pandemia, um hospital ter vários acessos proporciona segurança não só aos usuários, mas aos colaboradores. “Quando a gente fala em humanização hospitalar, a portaria é como se fosse o primeiro gesto com o paciente. E o espaço interno propositalmente se interliga ao ambiente externo, com a sociedade e convida o paciente a entrar de forma natural, sem que ele perceba o que é interior e exterior, sem que haja barreira, sendo um conectado ao outro. Outra coisa que pensamos é como seria esse espaço de dentro. Por isso, há o porteiro. Ele recebe e ampara. Olha no olho e pergunta para onde vai, se precisa de ajuda. Entendemos que pessoas falam com pessoas, tem olho no olho”, completa Moema, que já visitou muitos hospitais fora do Brasil e, dessa forma, construiu possibilidades que se adequem à realidade de Juiz de Fora. Neste novo espaço estão serviços administrativos, recepção, internação, pré-agendamento e informações, além de agregar setores de apoio, como psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e serviço social.
Avanços da arquitetura hospitalar
Antes considerados frios e impessoais, os ambientes hospitalares transmitiam a sensação de distância e insegurança ao paciente, focados em higiene e tecnologia. Um dos desafios atuais num ambiente de saúde é fazer, dentro das possibilidades, que as pessoas se sintam em casa, seja pela arquitetura dos espaços, pelo design, por meio da tecnologia, até mesmo a luz natural, assim como os espaços verdes.
“Na portaria antiga, as pessoas não tinham lugar para se assentar. A espera se tornava bastante desconfortável. Agora contamos com salão amplo, com mobiliário que não tem frente e fundo. Quando alguém se senta no sofá, tem a visão da rua, sem barreiras. O espaço nos convida a entrar”, frisa Moema, destacando ainda a iluminação incluída como prioridade no projeto de arquitetura, uma vez que influencia no equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes.
Acessibilidade que acolhe
Hospitais e clínicas são ambientes que devem estar preparados para receber pessoas com as mais diversas necessidades, desde as básicas até as mais específicas. Com a nova arquitetura, a Santa Casa em JF zela pela saúde, comodidade e acesso dos que ali estão, sejam os próprios pacientes ou acompanhantes jovens, crianças, adultos ou idosos em suas diferentes condições, como exemplifica a responsável pelo projeto.
“Ampliamos a portaria para criar conforto. Não adiantava reformar a parte interna e permanecer com uma área de embarque e desembarque sem cobertura. Agora, mesmo em dias de chuva, o paciente está seguro. Por isso, modificamos desde a capela, e isso permitiu acolher a pessoa até o momento que ela adentra ao hospital. Aumentamos, ainda, as calçadas, antes estreitas. Parece algo trivial, mas, antes da mudança, não era possível que um cadeirante, por exemplo, seguisse acompanhado de mais uma pessoa, assim como para aqueles que usam muletas. A cobertura em formato circular, contudo, transmite a sensação de liberdade que abraça e convida”, aponta a arquiteta, reforçando os princípios da Santa Casa em atender às necessidades do paciente, valorizando a vida e o meio ambiente por meio de um processo contínuo de aperfeiçoamento humano e técnico baseado no conhecimento, na tecnologia e na humanização.
O atual projeto criou novo conceito de uso para os ambientes. As plantas naturais tornam a estadia do paciente mais leve e traz a sensação de não estar isolado, em meio a tanto concreto. “A planta nos conecta com a vida. Elas, assim como a gente, precisam ser cuidadas para viver. Junto ao verde na natureza, adicionamos as cores rosa e azul em tons pastéis, criando uma atmosfera que abraça.”
O novo complementa o tradicional
Um dos desafios enfrentados pela equipe da Arto Arquitetura foi estabelecer uma obra nova sem modificar o que já existe. Neste contexto, está a Capela Nosso Senhor dos Passos. Ela integra o conjunto arquitetônico da Santa Casa em JF e possui disposição típica do final do século XVIII. Seu estilo se mistura às características neolíticas e, desde 2002, é tombada como Patrimônio Histórico Municipal. Sendo assim, Moema Loures precisou pensar numa arquitetura que não destoasse da construção de quase dois séculos. Foi preciso reconhecer a história dos 166 anos da instituição, mas necessário pensar no passado para reavaliar o presente, como a construção da rotatória e da rampa.
“Tínhamos pouco espaço e pouca altura e precisávamos garantir acessibilidade. Fizemos um trabalho de topografia para tornar possível um veículo fazer um giro de 180 graus. Imagine chegar estressado ao hospital, precisar dar marcha a ré e encostar com o fundo no asfalto? Quanto à rampa, era extremamente íngreme e precisava de funcionários fortes para descer com um cadeirante. Hoje todos os enfermeiros conseguem deslocar com pacientes. Tudo isso era uma demanda antiga. É uma questão técnica, mas, extremamente humana”, esclarece.
Todas as demandas solucionadas pelo projeto de arquitetura humanizado foram obtidas por meio de entrevistas realizadas no local pela Arto Arquitetura e pela ouvidoria, que é um dos canais de comunicação entre usuários, profissionais da saúde e gestores, favorecendo a expressão de reclamações, sugestões e demais questões envolvidas no atendimento. Além disso, faz as avaliações cujos resultados geram tomadas de decisão, organização de processos, estabelecendo condutas, visando à qualidade dos serviços prestados, como a obra da nova portaria.
Durante a execução da obra, foram feitas análises frequentes para a melhoria do serviço ao usuário. “O que brilha meus olhos é a arquitetura que promove a transformação”, afirma a arquiteta, que trabalha sob os pilares do afeto e do rigor.
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