Tosa animal é recomendada para amenizar o calor em cachorros? Entenda

O calor intenso voltou a ser sentido em Juiz de Fora, que esta semana chegou a registrar máximas de quase 35 graus Celsius, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As altas temperaturas além de causarem incômodo e desidratação em adultos, também podem ser prejudiciais à saúde dos pets. Por isso, muitos tutores se preocupam em aliviar o calor dos bichinhos, que dependendo da intensidade, oferece riscos e pode ser letal.

Entretanto, é importante estar atento à demanda do animal. Uma das medidas adotadas em períodos quentes é a tosa, que muitos acreditam ser necessária para aliviar o calor em animais com muita pelagem, por exemplo. Entretanto, a prática nem sempre é recomenda ou é indicada com cautela – mesmo em períodos quentes.

Como explica a veterinária Camila Cioffi, algumas raças de cães como chow-chow,  spitz alemão, husky, pastor alemão e collie apresentam pelagem dupla, compostas por uma camada superior de pelos mais longos e uma camada inferior de subpelo mais denso, que funcionam como uma camada térmica.

“A pelagem dupla serve para regular a temperatura corporal, protegendo contra o frio e também contra o calor, além de proteger a pele contra queimaduras solares. Nessas raças não é recomendado fazer uma tosa muito baixa, pois pode dificultar a regulação térmica, além de aumentar o risco de problemas de pele. Em vez de tosar, o recomendado é escovar regularmente para remover o subpelo solto, o que ajuda a evitar o acúmulo de calor e mantém a pele respirando”, orienta.

Camila ainda reitera que em cães de raças que não possuem a pelagem dupla, como é o caso dos poodles, maltês, shih tzu, lhasa apso, yorkshire, entre outros, a tosagem mais curta é recomendada, assim como uso de protetor solar para cachorros.

Quando a tosa é indicada?

Estar atento aos sinais dados pelo cachorro também é muito importante para identificar a necessidade da tosagem do animal, conforme explica a veterinária Tamiris Lessa. Segundo ela, os animais demonstram quando os pelos se tornam incômodos a eles e, em geral, os sinais são a coceira excessiva, principalmente em áreas como o pescoço, orelhas e patas; lambedura constante; formação de nós ou pelos embolados, que podem causar dor e desconforto, problemas para enxergar ocasionados por obstrução da visão causados por pelos muito longos na face, cheiro forte ou sujidade causados por acúmulo de sujeira ou umidade nos pelos.

Em geral, conforme o profissional da tosa, Kaique Mendonça, essa necessidade surge de períodos em períodos e, na avaliação do pet groomer, o ideal é que ela seja realizada a cada dois ou três meses. Ele explica, que existem dois tipos principais de tosa: a tosa padrão específica para cada raça, chamada também de trimming, é usada normalmente em exposição de raças ou em competição de Grooming. E as tosas comerciais, feitas no dia a dia em pet shops, por isso levam esse nome.

Sobre esse aspecto, a veterinária Tamiris detalha que a tosa higiênica (em geral feita no dia a dia) tem como objetivo manter áreas específicas limpas, como a região íntima, orelhas, patas e ao redor dos olhos. Além dela, há a tosa na tesoura, que modela a pelagem sem usar máquina, indicada para raças de pelo longo ou com cortes específicos, tendo como benefício preservar o volume do pelo, a tosa na máquina, que busca reduzir o comprimento do pelo de forma uniforme, a tosa filhote que oferece um visual “fofo e infantil” ao animal.

Outras dicas para refrescar o pet

Além da tosa (quando indicada para a raça do animal), algumas dicas dadas pelos profissionais podem ser úteis para você ajudar a aliviar o calor do seu cachorro.

Entre elas estão manter o cachorro em ambiente fresco e ventilado, se atentar à hidratação, evitar passear no período entre 10h e 17h e evitar expor o animal a lugares abafados. O uso de protetor solar animal também é recomendado.

Outra sugestão, são os chamados picolés de pet, podendo ser oferecido em dias de temperaturas intensamente altas. Frutas como a melancia, melão, banana, morango e manga são boas pedidas e podem ser incluídas na receita para o cachorro.

De acordo com a veterinária Tamiris, os gatos geralmente preferem sabores mais próximos ao paladar carnívoro, sendo recomendado o uso de sachês ou patês para produzir picolés, podendo inclusive utilizar caldos produzidos a partir de pedaços de carne ou frango triturado.

Alguns felinos aceitam frutas que contenham mais água, como o caso do melão ou melancia sem casca e sem sementes.

*Estagiária sob a supervisão da editora Carolina Leonel

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