Lei que facilita cancelamento de TV por assinatura entra em vigĂȘncia
Norma passa a incluir, como direito dos assinantes, possibilidade de cancelamento dos serviços de TV por assinatura feitos de forma presencial ou pela internet
JĂĄ estĂĄ em vigĂȘncia no paĂs a Lei nÂș 13.828/2019, que altera a Lei nÂș 12.485/2011, que passa a incluir, como direito dos assinantes, a possibilidade de cancelamento dos serviços de TV por assinatura feitos de forma presencial ou pela internet. A medida foi aprovada em março pelo Senado Federal, depois de passar pela CĂąmara dos Deputados. A nova lei visa reduzir as dificuldades apontadas por consumidores que tentam cancelar esse serviço junto Ă s empresas de TVs por assinatura.
Em geral, o serviço Ă© oferecido no formato de combo, acompanhado de serviços de internet e de telefonia, o que dificulta as entidades de defesa do consumidor a gerarem dados especĂficos que diferenciem queixas motivadas por dificuldade de cancelamento dos demais serviços. Conforme publicado pela AgĂȘncia Brasil, as reclamaçÔes contra TVs por assinatura, telefonia mĂłvel e fixa estĂŁo entre os quatro assuntos mais demandados em 2017 e 2018 junto ao Procon/DF. O ranking Ă© liderado pela telefonia mĂłvel, seguido por cartĂ”es de crĂ©dito, telefonia fixa e, em quarto lugar, as TVs por assinatura. Das 54.166 queixas atendidas pelo ĂłrgĂŁo em 2017, 6.127 foram contra serviços de telefonia mĂłvel, 2.939 contra cartĂ”es de crĂ©dito, 2.815 contra telefonia fixa e 2.735 contra TVs por assinatura. Em 2018, a ordem do ranking nĂŁo mudou. Foram 46.393 queixas, sendo que as de telefonia mĂłvel ficaram em primeiro lugar, com 5.144 registros, seguidas de cartĂ”es de crĂ©dito (2.416), telefonia fixa (2.152), e TVs por assinatura (1.522).
Segundo o Procon/DF, embora nĂŁo seja possĂvel mensurar, entre as queixas contra as TVs por assinatura, quantas foram feitas motivadas por dificuldades para conseguir o cancelamento do serviço, acredita-se que a maioria delas seja relativa a problemas com o SAC. Dados do ĂłrgĂŁo mostram que o Ăndice de resolutividade Ă© prĂłximo a 80%, concluindo que tratam-se de demandas simples de serem atendidas, mas que, na prĂĄtica, nĂŁo sĂŁo, fazendo com que os consumidores acionem o Procon.