“Memória Afetiva”: ajude a lembrar os lugares antigos de JF
Para marcar os 169 anos de Juiz de Fora, Tribuna lança o projeto “Memórias Afetivas” e conta com você para recordar espaços marcantes da cidade que não existem mais. Veja como participar
A cidade se transforma dia a dia. No correr diário, nem sempre observamos a casinha que esteve em determinada esquina por uma vida toda sumir, dando lugar a um prédio ou estabelecimento comercial. Estes também não fogem ao crivo dos anos: lugares que, em outras épocas, foram a alma do entretenimento, do comércio, da gastronomia, do trabalho, do trasporte e de várias esferas da vida cotidiana para gerações vão se transformando em outros, ou mesmo deixando de existir por completo. Em menção ao aniversário de Juiz de Fora, a Tribuna homenageia, mais uma vez, tantos lugares que não existem mais na cartografia da cidade, mas habitam um espaço onde seguirão inapagáveis: a memória afetiva de quem vive ou viveu na cidade.
Em 2015, com esta proposta, a Tribuna realizou o projeto “GPS afetivo”, uma construção colaborativa com os leitores neste propósito: resgatar relatos e imagens de lugares de uma Juiz de Fora de outros tempos, que inexiste na atualidade e no mapa, mas segue nas memórias vividas. Recebemos centenas de depoimentos e imagens de lugares variadíssimos. De gerações que se divertiram na Murilândia e ia às sessões de matinê do Cine Festival para, quem sabe, mais tarde, dar uma voltinha no tremzinho da alegria, saindo do Parque Halfeld. Da boemia fundada em estabelecimentos de perfis diversos como Balcão Drinks, Raffa’s, Atrás das Bananeiras, Dream’s Club, e tantas outros, entre eles, o Bar Redentor, que possui até um documentário, dirigido por José Santos, sobre seu último dia de funcionamento em 1987 (vale procurar caras conhecidas no vídeo abaixo). Mais tarde, a noitada era por conta de points como o Front, o Crozón e o Prova Oral, entre tantos outros. Isso sem mencionar os tantos shows no Tupynambás, marcos de uma época.
Se batia uma fominha, dava para ir na lanchonete das Lojas Americanas, no Suco Bob’s , na sorveteria Oásis ou no Café Apollo. Como em outros tempos, sair para comer era um evento, o restaurante do Posto Elefantinho habita muitas lembranças de almoços em família, bem como o elegante Faisão Dourado, que tinha até, na sua segunda sede na parte baixa da Halfeld, uma parede assinada por celebridades. Compras? Fazia-se no Disco Gigante ou no Rei do Arroz. Para dar aquela voltinha e ver as novidades, mesmo sem comprar nada, a Del Center era a pedida certeira, com roupas, brinquedos, eletrônicos e os artigos diversos, além de ser situada bem no coração da cidade: a Avenida Rio Branco, perto do Parque Halfeld e do Calçadão. Não bastasse ser pioneira no segmento de grandes lojas de departamentos, com nada menos que seis andares, a Del Center tinha o primeiro elevador panorâmico da cidade, atração à parte, que permitia ver cada um dos pisos da loja. O Colégio Magister deixa saudades de bons tampos aos seus ex-estudantes. Além destes, foram muitos os locais de que nossos leitores e leitoras se recordaram com carinho, e que foram publicados no nosso site e no jornal impresso. Mas, sem dúvidas, muitos não foram mencionados.
Para celebrar o aniversário de 169 anos de Juiz de Fora, comemorado no dia 31 de maio, voltamos a fazer este convite a você. Venha conosco relembrar tantos e tantos locais que marcaram época na história da cidade: divida sua história e relembre conosco pedacinhos afetivos inesquecíveis de Juiz de Fora e suas histórias.
Envie já
Mande seu texto, foto ou vídeo sobre sua lembrança querida da cidade pode ser enviado para: i[email protected], pelo Facebook da Tribuna de Minas ou pelo WhatsApp 99975-2627. Se preferir, pode postar no Instagram sua imagem de uma Juiz de Fora de outros tempos com a hashtag #memoriaafetivatm, com um pequeno texto de legenda falando sobre o local. Os fragmentos de memória afetiva alimentarão nosso site e redes sociais ao longo do mês, e parte delas será incluída em um caderno especial, publicado no dia 31 de maio.