Áreas de risco
Topografia de Juiz de Fora impõe desafio diário às autoridades de trânsito, que precisam encontrar alternativas viáveis para impedir acidentes graves
Um novo acidente na descida da Avenida Itamar Franco, que por pouco não se tornou uma tragédia, reabre a surrada discussão sobre a mobilidade de caminhões em determinadas regiões de Juiz de Fora. A cidade, por si só, é um problema, por ter uma topografia acidentada. Desta forma, a passagem dos veículos pesados estaria comprometida não apenas na Itamar Franco. Há relatos de uso da Alameda Ilva Mello Reis – bem mais íngreme – e da Garganta do Dilermando, a despeito das placas mostrando rotas alternativas.
Juiz de Fora tem histórico de acidentes graves também na área central, como na Rua Halfeld, entre a Avenida Olegário Maciel e a Rua Santo Antônio, e na Rua Espírito Santo, entre a Rua Santo Antônio e a Avenida Rio Branco. Em ambas, veículos desgovernados causaram vítimas fatais.
A proibição pura e simples é uma questão complicada, pois tais veículos são responsáveis pelo trânsito de mercadorias. O que se faz necessário, então, é dar alternativas para os caminhoneiros quando, necessariamente, têm que passar pela área urbana. No caso da descida da Itamar Franco, seria adequada a instalação de placas bem visíveis indicando a passagem pela Ladeira Alexandre Leonel até a Rua São Mateus. Esta, porém, não comporta veículos de grande porte. A Settra tem um desafio e tanto pela frente.
A sinalização ainda é a alternativa mais em conta. Por isso, é fundamental instalar meios de observação ostensivos para os motoristas, especialmente os de outros municípios, que nem sempre conseguem perceber a proibição. No mais, o uso de agentes em pontos estratégicos pode ser um caminho, já que teriam meios de orientar os que se perdem pelas vias de acesso à área central do município.