TJMG nega Ășltimo recurso e manda prender Azeredo
Ex-governador de Minas Gerais foi condenado a 20 anos de prisão por participação no mensalão mineiro
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acaba de formar maioria, rejeitando o Ășltimo recurso cabĂvel contra a condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo a 20 anos e um mĂȘs de prisĂŁo por participação no mensalĂŁo mineiro. AtĂ© o momento, trĂȘs dos cinco desembargadores responsĂĄveis pelo julgamento apresentaram voto. Os magistradas determinaram ainda emissĂŁo imediata de mandado de prisĂŁo contra o tucano.
Segundo a sentença de Azeredo em primeira instĂąncia, o inĂcio do cumprimento da pena deve ocorrer esgotada a possibilidade de recursos na Justiça do Estado. O ex-governador completa 70 anos em setembro. Nessa idade, estĂĄ prevista a prescrição da pena, que leva em consideração datas como a da apresentação da denĂșncia. A condenação de Azeredo a 20 anos e um mĂȘs de cadeia Ă© por peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo denĂșncia do MinistĂ©rio PĂșblico de Minas Gerais (MPMG), Azeredo foi um dos principais articuladores do esquema, que, ainda conforme a promotoria, funcionava retirando recursos de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), e os repassava para a campanha pela reeleição de Azeredo, em 1998. Na disputa, o tucano foi derrotado por Itamar Franco. O esquema, segundo o MP, utilizava agĂȘncias de publicidade de Marcos ValĂ©rio para a movimentação dos recursos.
Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” antes do julgamento, Azeredo disse se sentir injustiçado. “Nunca cometi nenhum crime. A população de Minas Gerais conhece minha vida a fundo. Sou absolutamente inocente”. Azeredo disse ainda que “inĂșmeros depoimentos que me inocentaram nĂŁo foram reconhecidos (no processo). Houve extrapolação da acusação. Irei recorrer Ă instĂąncias superiores”. Rejeitaram o recurso, chamado embargos declaratĂłrios, atĂ© o momento, os desembargadores JĂșlio CĂ©sar Lorens, Alexandre Victor de Carvalho e Pedro Vergara.