Ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé é denunciado por lavagem de dinheiro e tem prisão preventiva decretada
Denúncia do MPMG resulta da operação ‘Catarse’, que investiga crimes de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-presidente da Câmara, já condenado em duas ações penais
O ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé, Carlos Delfim (PDT), foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por lavagem de dinheiro e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. O ex-vereador já havia sido condenado em duas ações penais, totalizando mais de 15 anos de prisão.
A denúncia é resultado da operação ‘Catarse’, que está em sua sétima fase e é conduzida pelo MPMG, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata. A investigação apura crimes cometidos pelo ex-agente político, que estava cumprindo pena em regime domiciliar quando continuou a praticar o crime de lavagem de dinheiro.
O caso envolve a ocultação da verdadeira propriedade de uma retroescavadeira, que estava em nome do ex-vereador, mas havia escapado de medidas de apreensão durante as fases anteriores da operação. No final do ano passado, o ex-vereador tentou se desfazer da retroescavadeira, mas a tentativa foi frustrada após uma denúncia anônima, que chegou à Promotoria de Justiça em janeiro de 2025. O MPMG agiu rapidamente, e a Justiça acatou o pedido de indisponibilidade do bem.
Relembre o caso

Em 2024, a Tribuna já havia noticiado a condenação de Carlos. De acordo com o MPMG, Delfim se associou à esposa, Josilaine Silva Souza, e a um assessor – também condenados – para esconder patrimônio ilegal, adquirindo veículos, empresas, imóveis, máquinas, gados e dinheiro em nome de “laranjas”.
Carlos Delfim já havia sido preso preventivamente em 2023. No ano passado, ainda respondia na Justiça por outros 178 crimes de desvio de recursos públicos e dois de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Câmara de Muriaé, Carlos Delfim Soares Ribeiro era produtor rural e comerciante, mas exercia a função de vereador desde 2013. Em 2016, o político foi o vereador mais votado, assumindo a função de presidente da Casa Legislativa pela primeira vez no ano seguinte. Em 2020, foi reconduzido à presidência pelos próprios colegas.
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