Operação investiga policiais civis e empresários por formação de milícia em cidade da região

Grupo teria atuado para favorecer empresa de mineração mediante recebimento de vantagens ilícitas


Por Tribuna

04/09/2025 às 11h39- Atualizada 04/09/2025 às 11h47

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram, na manhã desta quinta-feira (4), a “Operação Guardiões de Areia”. A ação apura crimes de organização criminosa, corrupção passiva, falsidade ideológica, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e formação de milícia privada na Zona da Mata.

Foram expedidos 33 mandados judiciais em Teixeiras, Viçosa, Ponte Nova, Rio Casca, Pedra do Anta e Belo Horizonte.

Segundo as investigações, conduzidas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPMG (Gaeco), três investigadores da Polícia Civil teriam se associado em uma milícia armada para beneficiar uma empresa de mineração em Teixeiras, mediante recebimento de vantagens ilícitas.

Esquema e empresas de fachada

De acordo com as apurações, os policiais criaram empresas em nome de terceiros para ocultar ganhos ilegais e operar segurança privada clandestina com uso de recursos do Estado. Um assessor parlamentar seria responsável por intermediar o pagamento das vantagens indevidas.

Também é investigada a atuação de três empresários de Teixeiras que, junto a outros envolvidos, movimentaram mais de R$ 30 milhões em cerca de cinco anos em rede de usura e lavagem de dinheiro. Há ainda indícios de fraudes em licitações e contratos com o Município, estabelecendo o que as autoridades apontam como “poder paralelo” na região, com uso de violência e ameaças.

Medidas cumpridas

Além dos policiais civis, são investigados um assessor parlamentar, três empresários, um contador, um ex-escrivão, um autônomo e uma profissional da área ambiental. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, três de afastamento de cargos públicos e suspensão de porte de armas, três de monitoramento eletrônico e 11 de indisponibilidade de bens, entre outras medidas cautelares.

Até o momento, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, armas de fogo, documentos, cerca de R$ 106 mil em espécie, 740 folhas de cheque e outros materiais.

Participaram da operação sete promotores de Justiça, quatro delegados, cerca de 70 policiais civis e servidores do Ministério Público de Minas Gerais.

*Texto reescrito com o auxílio do ChatGPT e revisado por nossa equipe

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