Puxada por Bolsa Família e terceira idade, desaprovação de Lula cai para 51%, e aprovação cresce pelo segundo mês seguido
Pesquisa Genial/Quaest indica recuperação de Lula no Nordeste e estabilidade no Sudeste

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu pela segunda vez consecutiva e alcançou 46%, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20). A desaprovação recuou dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, passando de 53% para 51%, ainda acima da aprovação.
O avanço foi puxado pelo desempenho no Nordeste, entre beneficiários do Bolsa Família e na faixa etária de 60 anos ou mais. Em julho, o índice de aprovação era de 43% e a desaprovação estava em 51%.
O levantamento ouviu presencialmente 12.150 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 17 de agosto, sendo 2.004 no cenário nacional e o restante em análises estaduais. A margem de confiança é de 95%.
Resultados por região
No Nordeste, Lula registrou crescimento de 7 pontos na aprovação, que subiu de 53% para 60%, maior percentual do ano. A desaprovação caiu para 37%. No Sul, a aprovação passou de 35% para 38%, enquanto a reprovação manteve 61%.
Nas regiões Centro-Oeste e Norte, agrupadas na pesquisa, o apoio subiu de 40% para 44%, e a desaprovação caiu de 55% para 53%. Já no Sudeste, não houve variação significativa: a aprovação oscilou de 40% para 42% e a desaprovação recuou de 56% para 55%.
Beneficiários do Bolsa Família e recorte por idade
Entre os beneficiários do Bolsa Família, a aprovação voltou ao patamar de 60%. Esse grupo havia iniciado o ano com 61%, caído para 50% em julho e agora apresentou recuperação. Entre os que não recebem o benefício, a taxa é de 43%.
Na análise por idade, o maior crescimento foi entre pessoas com 60 anos ou mais. A aprovação nesse grupo passou de 48% para 55%, enquanto a desaprovação recuou de 46% para 42%. Na faixa de 16 a 34 anos, houve melhora, mas a desaprovação segue maior: 54% contra 43%.
Fatores explicativos
Para Felipe Nunes, CEO da Quaest, a melhora na avaliação de Lula combina aspectos econômicos e políticos. Ele cita a percepção de alívio nos preços dos alimentos e a postura do presidente diante do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, 48% dos entrevistados avaliam que Lula e o PT têm adotado as medidas mais adequadas na crise gerada pela tarifa de 50% aplicada pelos EUA às exportações brasileiras. Já 28% apontaram Jair Bolsonaro e aliados, 15% afirmaram nenhum dos lados e 9% não responderam.
Percepção sobre preços e avaliação do governo
A percepção sobre os preços dos alimentos também melhorou: 18% disseram que caíram (ante 8% em julho), 60% afirmaram que subiram (eram 76%) e 20% consideraram que se mantiveram iguais (14%).
Na avaliação geral do governo, 39% dos entrevistados classificam a gestão de forma negativa, 31% positiva e 27% regular. Outros 3% não souberam ou não responderam. Em julho, os números eram 40% de negativo, 28% de positivo, 28% de regular e 4% de indecisos.
Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe
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