Vereadores de Juiz de Fora propõem proibir armas de gel
Multa para quem comercializar o produto pode chegar a R$ 10 mil, conforme a proposição
As armas de gel, popularizadas no fim de 2024, podem ser proibidas em Juiz de Fora, caso a Câmara Municipal aprove o Projeto de Lei apresentado, na quinta-feira (2), pelos vereadores Julinho Rossignoli e Sargento Mello Casal (PL).
Pela proposta, pessoas ou estabelecimentos que fabricarem ou comercializarem os dispositivos terão que pagar multa de R$ 5 mil. Caso cometam de novo a infração, a multa será de R$ 10 mil. Já quem utilizar as armas, também conhecidas como gel blasters, terá o material apreendido.
O objeto de proibição, pelo texto, se caracteriza como “dispositivos que utilizem munição composta por esferas de hidrogel, cuja finalidade principal seja simular armamentos de fogo ou promover atividades de lazer ou treinamento”.
Na justificativa, os parlamentares argumentam que as arminhas são, muitas vezes, parecidas com armamentos reais, o que pode levar à confusão, culminando em “incidentes graves, incluindo ações policiais baseadas em percepções errôneas de ameaça”.
Além disso, o uso pelo público-alvo, que seriam crianças e adolescentes, “pode gerar lesões físicas ou psicológicas, caso não haja supervisão adequada”. A medida também busca “promover a conscientização sobre os riscos associados a esses simulacros de armas de fogo”, finalizam.
Até o dia 22 de dezembro de 2024, já haviam sido registradas de seis a sete ocorrências envolvendo armas de gel, em Juiz de Fora, conforme o delegado Rodolfo Rolli. Em contato com a Tribuna, ele havia sugerido uma regulamentação municipal sobre o tema.
“É uma febre nacional, mas incentiva o uso de armas pela população e demonstra um pouco da violência da sociedade brasileira”, lamentou.
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