‘Disco rock mineiro’: Lobos & Voltz lança primeiro álbum ao vivo
‘Lobos in concert’ é a nova obra do grupo mineiro, disponível nas redes sociais

Novo álbum faz parte de fase de renovação do grupo juiz-forano (Foto: João Victor Machado/ Divulgação)
Neste mês de dezembro, a Lobos & Voltz inaugura uma nova etapa da carreira com o lançamento de seu primeiro álbum ao vivo. Intitulado “Lobos in concert”, o novo disco conta com apoio cultural do Music Box Karaokê, produção musical de Lucas Peixoto e mixagem de Lucas Gabriel. Com dois anos de estrada, o grupo conta que o ouvinte pode esperar uma fusão vibrante entre a energia visceral do rock e a pulsação dançante da disco music, tudo amarrado por um vocal performático e uma banda elétrica em sua essência. A nova produção já está disponível nas plataformas digitais.
Em 2025, lançaram o primeiro EP, “Lobos one take”, gravado pela Valetes Record com direção de Emyl Shayeb. Com esse trabalho, eles contam que viram as portas de casas e bares se abrirem com oportunidades e reconhecimento do público, permitindo que o grupo se apresentasse em diversos espaços culturais da cidade. Eles reivindicam o “disco rock mineiro” como marca registrada, pois, como contam, reúnem, por meio do rock, MPB e discoteca dos anos 1970, canções dançantes com letras que narram o drama e a alegria de amar e ser amado nos dias atuais.
Reinvenções na trajetória

Fundada em 2023, a Lobos & Voltz é formada por Lucas Gabriel (vocal e letras), Léo Casali (teclados, letras e voz de apoio), Mateus Kasutor (guitarras, arranjos e voz de apoio), Vini Oxidativa (baixo, letras e voz de apoio) e Caio Ferreira (bateria). A banda, nesse tempo, precisou se reinventar com a saída de integrantes, mas sempre mantendo a música como guia. Hoje, ela já soma um single com 30 mil reproduções no Spotify, intitulado “Seu ar”; um EP com milhares de ouvintes; dois videoclipes e, agora, o primeiro álbum.
“Muito da nossa energia vem do nosso vocalista (Lucas Gabriel), que tem uma presença de palco incrível, além de um potencial vocal muito grande. Claro que cada um da banda tem suas características específicas, trazendo arranjos bacanas e fazendo com que uma coisa complemente a outra. Mas o nosso vocalista ajuda bastante nessa energia e a gente vai só tentando segui-lo. O ‘Voltz’ do nosso nome vem do fato de ele ser muito elétrico”, afirma o tecladista Léo Casali.
Novos ares
“Lobos in concert” conta com oito produções musicais. Conforme o grupo, “Interlúdio” é como uma radionovela, pois faz o ouvinte embarcar em uma viagem pela breve e recente história da banda. Já “Olhos oblíquos” apresenta um amor desafiador, em que o eu lírico apresenta uma persona bem decidida e sem medo para lutar pelo seu amor. O destaque dessa faixa, acreditam, está na performance vocal que transmite a urgência de quem não liga para a opinião alheia e foca apenas na conexão íntima.
O trio “Seu ar”, “A vida” e “Barco a vela” alerta para os altos e baixos que um relacionamento e fases da vida podem trazer. Os integrantes contam que “A vida” encara o amor como um destino incerto em uma estrada tortuosa, enquanto “Barco a vela” oferece refúgio e “Seu ar”, euforia explosiva, que traduz a paixão em energia cinética e refrãos grandiosos. Por fim, “Nomes ao vento” e “Sem resposta” tocam em feridas abertas, como a tentativa frustrada de esquecimento e o encerramento de ciclos. A obra “Caranguejo” encerra o novo álbum com a presença de um groove e guitarras funkeadas.

“Esse álbum traz pra nós a confirmação de que as músicas autorais da banda estão caminhando pra um lugar bacana. A gente sempre tenta se reinventar, com cada um trazendo uma perspectiva diferente de música. É claro que a gente ainda está montando a identidade da banda, mas isso vai só nos confirmando que estamos indo para o caminho certo e que coisas boas vão vindo. (…) O público pode esperar uma continuação do que a gente tem feito nesse 2025, que foi muita dedicação e entrega nessa parte de fazer a banda ser ouvida e também de ser vista nas redes sociais. Nós estamos tentando buscar cada vez mais locais que se interessem no nosso projeto de resgatar o rock clássico nacional, junto com alguns elementos mais modernos que a gente vem trazendo também. Nós esperamos que os voos sejam cada vez maiores”, finaliza Casali.
*Estagiária sob supervisão da editora Cecilia Itaborahy









