Fazendeiro de Leopoldina é condenado por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro

Fernando Junqueira foi condenado a 14 anos de prisão, além do pagamento de 100 dias-multa e R$ 30 milhões em danos morais coletivos


Por Pedro Moysés

08/12/2025 às 18h14

O fazendeiro de Leopoldina, Fernando Junqueira Ferraz Filho, conhecido na região como ‘Fernandinho Macarrão’, foi condenado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A pena estipulada é de 14 anos de prisão, sendo 12 anos e seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção, além do pagamento de 100 dias-multa com valor diário de um terço do salário mínimo, totalizando R$ 50.600, e mais R$ 30 milhões por danos morais coletivos, montante que deverá ser dividido entre os demais condenados e será destinado ao fundo previsto na Lei 7.347/1985. 

Fazendeiro de Leopoldina é condenado por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro
Durante o ato, Fernando publicou fotos e vídeos nas redes sociais (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Fernando foi condenado por cinco crimes, conforme artigos do Código Penal e da Lei 9.605/1998:

  1. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pena de 4 anos e 6 meses de reclusão;
  2. Golpe de Estado: pena de 5 anos de reclusão;
  3. Dano qualificado: pena de 1  ano e 6 meses de detenção e 50 dias-multa;
  4. Deterioração do Patrimônio: pena de 1 ano e 6 meses de reclusão e 50 dias-multa;
  5. Associação criminosa armada: pena de 1 ano e 6 meses de reclusão.

A decisão do STF foi proferida durante sessão virtual realizada entre 21 de novembro e 1º de dezembro de 2025 e publicada na última terça-feira (3). Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o condenado ainda não foi preso. 

A Tribuna entrou em contato com a defesa de Fernando Junqueira Ferraz Filho, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.