Queijo minas artesanal vira Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e Lima Duarte ganha show de drones em comemoração
Queijo minas se torna o primeiro produto alimentício a entrar na lista da Unesco; confira as outras cidades mineiras que vão receber os espetáculos de drones
Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal se tornaram Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A decisão foi anunciada em reunião realizada em Assunção, no Paraguai, na manhã desta quarta-feira (4). É a primeira vez que um produto gastronômico brasileiro entra para a Lista Representativa da Unesco. Também compõem essa lista a Arte do Pizzaiolo Napolitano e o Café Árabe.
Em comemoração ao título, estão programados, entre os dias 6 e 14 de dezembro, espetáculos de drones em dez cidades pertencentes às dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal. Imagens de queijos, montanhas e outros símbolos da cultura mineira irão aparecer no céu dos municípios de São Roque de Minas e Diamantina, nesta sexta-feira (6); em Araxá e em Serro, sábado (7); na Serra do Salitre e em Santa Bárbara, no domingo (8); em Patos de Minas e em Coronel Xavier, no dia 13; e em Uberlândia e Lima Duarte, no dia 14. As apresentações vão acontecer nas praças centrais.
Queijo minas é produzido há mais de 300 anos
Há mais de 300 anos, as técnicas de produção do queijo minas artesanal são feitas no território mineiro. As origens nos pequenos produtores rurais, características únicas dos territórios de produção e saberes acumulados pelas comunidades locais foram alguns dos critérios que contribuíram para que Minas Gerais ganhasse o reconhecimento.
O governo estadual destacou que o título é uma oportunidade de fortalecimento econômico e social para os produtores mineiros e suas comunidades, além de colaborar para o impulsionamento do turismo sustentável e de experiências nas regiões produtoras. De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o reconhecimento não é apenas uma vitória para Minas Gerais, mas também para todo o Brasil.
“Este título eleva o nome do estado ao cenário mundial, destacando nossa rica cultura e tradição, além de abrir portas para novas oportunidades econômicas e turísticas. Hoje, celebramos a valorização de séculos de saberes transmitidos de geração em geração, que traduzem a essência da mineiridade”, disse o secretário, em nota encaminhada à imprensa.
Atualmente, Minas conta com cerca de nove mil produtores de Queijo Minas Artesanal, o que impacta em cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos. Segundo o estado, a produção anual do QMA atinge cerca de 40 mil toneladas, com uma renda que ultrapassa R$ 2 bilhões por ano.
Em 2002, o queijo minas foi declarado patrimônio de Minas Gerais. Após cinco anos, em 2008, aconteceu o reconhecimento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) levaram ao Iphan um requerimento para protocolar a candidatura na Unesco, em março de 2023.
Brasil conta com seis bens culturais na lista da Unesco
Conforme o Iphan, seis bens culturais brasileiros estão na lista da Unesco. O queijo minas seria o primeiro alimento entre eles. Os demais são: Samba de Roda no Recôncavo Baiano; Arte Kusiwa, pintura corporal e arte gráfica Wajãpi; Frevo, expressão do carnaval de Recife; Círio de Nossa Senhora de Nazaré; Roda de Capoeira; e Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão.
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