Novo fórum une cozinhas solidárias e apoia pessoas vulneráveis em Juiz de Fora
Iniciativa reúne instituições e sociedade civil para articular ações contra a fome, qualificar cardápios e fortalecer a segurança alimentar

Em resposta ao crescente desafio da insegurança alimentar no município, o Fórum de Cozinhas Solidárias de Juiz de Fora será lançado nesta quinta-feira (16), às 18h, na Autoria Casa de Cultura. A iniciativa reunirá instituições e sociedade civil para potencializar o combate à fome e à má nutrição na cidade.
O novo espaço nasce com o objetivo de unificar, articular e fortalecer o trabalho das instituições que estão na linha de frente do enfrentamento à fome, garantindo o direito à alimentação adequada para famílias vulneráveis.
De acordo com a nutricionista do projeto, Roberta Sousa, o fórum foi idealizado pelo sociólogo Danilo Viturino. “O Danilo tem uma grande bagagem relacionada às cozinhas solidárias e à segurança alimentar no município de Juiz de Fora. Eu vinha assessorando o Danilo na criação desse fórum para unificar as cozinhas que já atuam na cidade, tornando o trabalho mais técnico e oferecendo um serviço de alimentação cada vez melhor.”
Roberta explica que “cozinha solidária” é a iniciativa de oferecer refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade e informa que os encontros do fórum serão mensais.
Fortalecer e agregar

A nutricionista destaca que, hoje, Juiz de Fora possui 28 cozinhas solidárias mapeadas, sendo quatro habilitadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), ou seja, recebem verba governamental para funcionar. Ela acrescenta que, com o novo projeto, novas cozinhas podem surgir. “Vamos supor que eu queira criar uma cozinha solidária no meu bairro e começar a fornecer refeições para pessoas em vulnerabilidade. A cozinha solidária é isso: uma cozinha comunitária, muitas vezes caseira. Nosso objetivo é fortalecer os projetos existentes e agregar novas iniciativas.”
Roberta explica que sua função será colaborar com a parte nutricional das cozinhas, muitas vezes organizadas no modelo de comida caseira, sem a mesma especialização técnica de uma unidade de alimentação que atende grande volume de pessoas. “Minha função é fornecer assessoria técnica para que essas cozinhas tenham um cardápio personalizado a partir dos recursos disponíveis e façam o gerenciamento de resíduos, estruturando processos como os de uma grande unidade de alimentação”, afirma.
“As expectativas são as melhores possíveis, porque nosso interesse é que cada vez mais haja cozinhas habilitadas pelo MDS, para que recebam recursos e funcionem de forma adequada. As expectativas são diversas também no campo técnico, para que essas iniciativas não apenas produzam refeições, mas refeições de qualidade”, conclui.
*estagiária sob supervisão da editora Fabíola Costa