Mulher é obrigada a comer larva de mosca durante tortura
Vítima de violência doméstica chegou a desmaiar quando o companheiro também tentou que ela ingerisse fezes de cachorro
Um caso de violência doméstica classificado pela Polícia Militar como tortura é investigado pela Polícia Civil. O crime com requintes de crueldade teria sido praticado contra uma mulher, de 42 anos, pelo próprio companheiro, 40, no Bairro Jardim Emaús, Zona Nordeste de Juiz de Fora.
De acordo com o registro policial, na noite da última quinta-feira (3), após chegar em casa “meio alterado”, o homem exigiu dinheiro à vítima para pagar a pensão de seu filho, fruto de casamento anterior. Diante da negativa, ele começou a agredi-la com chutes nas costas, cabeça e boca, causando lesões e cortes.
Não satisfeito, o agressor forçou a própria mulher a comer um berne, abrindo a boca dela e a obrigando a engolir a larva de mosca que teria infectado um cachorro. Na sequência, o torturador ainda tentou fazer a mulher ingerir as fezes do animal. Neste momento, ela desmaiou.
A tortura, entretanto, não parou por aí. Ao acordar, a vítima teve que ficar sob a chuva por um longo período. O criminoso também confiscou o celular dela e a trancou dentro de casa, proibindo que saísse ou pedisse socorro. Apesar de estar ferida e sofrendo inúmeras ameaças, a mulher fingiu que estava dormindo e conseguiu aproveitar um momento de descuido do autor para achar a chave da porta e reaver seu telefone.
Vítima consegue pedir ajuda e escapar de tortura
Escondida em meio a um matagal na parte externa da casa, a vítima enviou mensagens para sua irmã solicitando socorro, enquanto temia que seu agressor acordasse para localizá-la. Após o pedido de ajuda, a PM foi acionada pelo 190. A equipe chegou ao local de difícil acesso, devido à falta de iluminação, mas logo a vítima avistou a viatura e saiu do meio do mato, acenando para os policiais.
Já o suspeito teria embarcado em seu próprio carro ao perceber a aproximação dos militares e conseguiu escapar do flagrante. A mulher afirmou à PM que o seu companheiro não faz uso nem de bebida alcoólica e nem de drogas, porém, “é muito nervoso e agressivo”. Ela afirmou já ter sofrido outras violências anteriores, inclusive sexual. As agressões teriam ficado mais recorrentes nos último tempos.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. “Segundo a delegada responsável, Flávia Granado, um inquérito foi instaurado e os envolvidos serão ouvidos. As investigações prosseguem.”