PF investiga esquema de tráfico internacional de drogas com desdobramento em Juiz de Fora
Operação conjunta com a Receita Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quinta

Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (4), na esteira de uma investigação que busca identificar os responsáveis por um esquema de tráfico internacional de drogas e descaminho. A “Operação Houdini” apura irregularidades em importações de mercadorias cujo valor supera R$ 150 milhões e envolve empresa sediada em Juiz de Fora.
Conforme os órgãos de fiscalização, a investigação identificou cargas aéreas com declarações falsas de conteúdo. O material saía de Miami, nos Estados Unidos, com destino a um mesmo importador, e continha mercadorias de alto valor agregado.
Segundo a Receita Federal, antes da nacionalização, essas cargas eram submetidas ao regime de Trânsito Aduaneiro, sem serem armazenadas no recinto alfandegado de destino, e eram entregues diretamente ao importador. Caso alguma das cargas fosse escolhida para conferência física durante o despacho, já havia no local uma outra carga, falsa, previamente preparada, para induzir a fiscalização a erro.
O esquema ainda envolvia, conforme as investigações, a inserção de drogas em alguns dos carregamentos, o que indica o envolvimento de organizações criminosas com atuação transnacional.
A Receita Federal divulgou que os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Minas Gerais e em São Paulo. Conforme informações do portal g1, um dos mandados é cumprido em Juiz de Fora.
Empresa de Juiz de Fora envolvida
A operação desta quinta decorre de uma ação conjunta da Polícia Federal com a Receita Federal ainda em maio do ano passado, quando, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, foi realizada a apreensão de haxixe em uma carga transportada no local. Foram encontrados cerca de 152 quilos da droga em caixas metálicas, misturadas com outras mercadorias de origem estrangeira.
A carga seria enviada a uma empresa importadora sediada em Juiz de Fora, sem nome divulgado, e, a partir dessa apreensão, a Receita Federal localizou outra carga no Aeroporto Regional Zona da Mata, em Goianá, que tinha como destinatária a mesma empresa importadora. Para transportar o material para Belo Horizonte, foram necessários dois caminhões da Receita Federal. Na época, ao todo, foram verificadas 39 toneladas de produtos estrangeiros com suspeita de importação irregular.